O bilionário publicou na sexta-feira à noite uma mensagem na rede social X (antigo Twitter), da qual também é proprietário, dizendo apenas: “Apresentação do robô táxi Tesla em 08/08”.

As ações da Tesla subiram 6% depois do anúncio, feito já depois do encerramento da Bolsa de Valores de Nova York.

Elon Musk tinha anteriormente mencionado a possibilidade dos proprietários dos veículos da Tesla dotados de sistemas avançados de ajuda à condução (FSD, na sigla em inglês) os disponibilizarem como robô táxis no futuro, em vez de os deixarem estacionados.

“A maioria das pessoas ainda não tem ideia de quão assustadoramente bom será o FSD da Tesla”, disse Musk na X em março.

“Será sobre-humano a tal ponto que parecerá estranho, no futuro, [conceber] que os humanos dirijam carros, sobretudo quando cansados e bêbados”, acrescentou.

O desenvolvimento de veículos autónomos tem enfrentado dúvidas das autoridades reguladoras e do público sobre a segurança rodoviária.

A Tesla anunciou na terça-feira vendas abaixo do esperado no primeiro trimestre de 2024, sobretudo devido ao mercado dos Estados Unidos e à crescente concorrência dos fabricantes automóveis tradicionais no segmento dos veículos elétricos.

A empresa de Musk também enfrenta dificuldades na China, com forte concorrência dos fabricantes locais e, sobretudo, da BYD que lhe tirou a liderança mundial na venda de veículos elétricos no quarto trimestre de 2023.

Também na sexta-feira, Musk negou notícias segundo as quais a Tesla tinha abandonado planos para produzir um veículo elétrico de baixo custo, cerca de 25 mil dólares (23 mil euros).

Um preço que seria ainda mais barato do que o primeiro veículo elétrico da empresa chinesa de tecnologia Xiaomi, apresentado na semana passada.

No estado da Califórnia, no leste dos Estados Unidos, onde as vendas de veículos elétricos têm sido particularmente dinâmicas, as emissões de gases com efeito de estufa diminuíram em certas áreas, de acordo com um estudo publicado quinta-feira.

Graças a uma rede de sensores instalada desde 2012 em torno da Baía de São Francisco, cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley observaram uma queda constante nos níveis de dióxido de carbono (CO2) emitidos todos os anos.

O CO2 é o principal gás com efeito de estufa e a principal causa das alterações climáticas.

VQ (JPI) // VQ

O poeta, escritor, filósofo e ambientalista Aílton Krenak tomou posse na sexta-feira como o primeiro indígena membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), a maior instituição literária do Brasil.

“Espero que todo o Brasil, todos os demais brasileiros, entendam que estamos virando uma página na relação da ABL com os povos indígenas”, disse Krenak, de 70 anos, minutos antes da cerimónia.

Durante a tomada de posse, foi recordado o discurso que proferiu na Assembleia Nacional Constituinte, em 1987, após pintar o rosto com tinta preta em protesto pelo retrocesso dos direitos indígenas: “Os indígenas regaram de sangue cada hectare dos oito milhões de quilómetros quadrados do Brasil”.

Usando uma faixa indígena, Krenak discursou na sexta-feira sobre a importância da cultura, do português e das línguas dos povos indígenas, mas também da natureza e da urgência de proteger as terras e os rios da ganância humana.

“Se não sabemos como retribuir a gentileza e ajudar a reconstruir um tecido comunitário, estamos a cooperando com a prática da predação”, afirmou.

Krenak disse que pretende criar uma plataforma para disponibilizar os documentos e livros da instituição em línguas indígenas, muitas das quais estão em vias de desaparecer.

“Poderíamos fazer isso para todas as línguas nativas. Cabe inteiramente à Academia Brasileira de Letras incluir outras 170 línguas além do português”, disse o escritor.

“A ideia é priorizar a linguagem falada e não o texto. O que ameaça essas línguas [indígenas] é a falta de falantes”, acrescentou.

Aílton Krenak nasceu em 1953 em Minas Gerais, no vale do rio Doce, uma zona afetada pela extração mineira, e fugiu do seu território natal quando tinha cerca de 11 anos, regressando só quando já era adulto.

O ativista participou na fundação da Aliança dos Povos da Floresta e da União das Nações Indígenas, o primeiro movimento indígena de expressão nacional no Brasil.

Krenak estreou-se como escritor em 1999, quando a sua obra “O Eterno Retorno do Encontro” foi incluída na antologia “A Outra Margem do Ocidente”.

Entre as suas obras contam-se ainda “O Amanhã Não está à Venda” (2020), “A Vida Não é Útil” (2020), “Futuro Ancestral” (2022), “O sistema e o antissistema: três ensaios, três mundos no mesmo mundo” (2021), “O lugar onde a terra descansa” (2000) e “Firmando o pé no território” (2020).

O seu livro “Ideias para Adiar o Fim do Mundo”, lançado em 2021, foi um dos mais vendidos no Brasil naquele ano e já foi traduzido para inglês, francês e alemão.

Na terça-feira, a Comissão de Amnistia do Ministério dos Direitos Humanos do Brasil tinha aprovado um pedido inédito de reparação coletiva por graves violações aos direitos de comunidades indígenas do país, incluindo a etnia Krenak, durante a ditadura militar (1964 a 1985).

VQ (CYR/MIM) // VQ

Palavras-chave:

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou as barreiras ao registo de candidatos da oposição às presidenciais de 28 de julho e instou o Governo da Venezuela a garantir uma participação política alargada.

A CIDH disse num comunicado divulgado sexta-feira que “condena todos os obstáculos à participação da oposição no processo eleitoral venezuelano, incluindo os que impedem o registo de candidatos da oposição para as eleições presidenciais de 2024”.

A organização explicou que “impedir a participação de algumas ou determinadas candidaturas da oposição no processo eleitoral confirma que o poder eleitoral não oferece garantias de independência e imparcialidade. Consequentemente, anula-se a possibilidade de realizar eleições presidenciais livres, justas e competitivas”.

Entre 21 e 26 de março, o prazo para registar os candidatos, líderes opositores venezuelanos denunciaram que não conseguiam aceder ao sistema de candidaturas devido a problemas técnicos e que Corina Yoris, substituta da líder opositora desqualificada, María Corina Machado, não pôde formalizar o seu registo, em nome da coligação Mesa de Unidade Democrática.

A CIDH “reitera que estas ações restringem a oferta eleitoral dos setores da oposição, desencorajam a participação política e perpetuam um governo repressivo”.

“Para além dos obstáculos denunciados pela candidata da oposição Corina Yoris, existem outros atos antidemocráticos, como a desqualificação administrativa dos líderes da oposição María Corina Machado e Henrique Capriles, assim como as detenções arbitrárias de ativistas dos direitos humanos, como Rocío San Miguel, e de dirigentes de partidos políticos da oposição, entre outros”, lamentou a organização.

“Em um Estado democrático, é essencial que se garanta a participação política em condições de igualdade. No caso venezuelano, é fundamental o levantamento das desqualificações administrativas e a cessação de qualquer ato que vise desencorajar a participação da população em assuntos de interesse público”, sublinhou.

A CIDH concluiu apelando “à adoção urgente de medidas para restabelecer a separação e a independência dos poderes eleitoral, judicial e outros poderes públicos” na Venezuela.

“Esta é a única maneira de reconstruir a democracia e a confiança nas instituições públicas”, afirmou.

FPG // VQ

Palavras-chave:

A justiça da Argentina ordenou na sexta-feira a abertura de uma investigação sobre os “supostos crimes” cometidos pelo Governo da Venezuela, liderado pelo Presidente Nicolás Maduro, no âmbito do “princípio da justiça universal”.

De acordo com a agência de notícias EFE, os juízes Leopoldo Bruglia, Pablo Bertuzzi e Mariano Llorens decidiram que “é apropriado assumir a jurisdição universal e jurisdição extraterritorial dos órgãos judiciais da República Argentina para o devido julgamento”.

A investigação tinha sido pedida em 2023 pelo procurador federal argentino Carlos Stornelli, após denúncias apresentadas pelo Fórum Argentino para a Defesa da Democracia (FADD) e pela Fundação Clooney para a Justiça, fundada pela advogada Amal Clooney.

O FADD disse que a investigação procura determinar “se foram cometidas violações dos direitos humanos na Venezuela com provas de crimes contra a humanidade pelas forças de segurança venezuelanas contra a oposição”.

A decisão dos juízes da Câmara Federal de Buenos Aires sublinhou que os processos devem ser conduzidos “com celeridade” porque são “essenciais para combater as ações criminosas levadas a cabo pelas autoridades estatais do Governo venezuelano”.

“Se os requisitos legais forem cumpridos, procederemos à solicitação de uma investigação dos acusados” na Argentina, acrescentaram os juízes Bruglia e Bertuzzi.

O terceiro juiz, Mariano Llorens, acrescentou que a investigação irá abranger Maduro, o deputado Diosdado Cabello — considerado o número dois do chavismo — “e todos os identificados como responsáveis” por “graves violações dos direitos humanos e crimes contra a humanidade”.

O presidente do FADD, Waldo Wolff, disse que a decisão era “histórica, porque ele [Maduro] será investigado por tortura, desaparecimento forçado de pessoas e detenção”.

“É um verdadeiro ato de justiça colocar perante a justiça aqueles que derramaram o sangue do seu povo”, acrescentou Wolff, na rede social X (antigo Twitter).

A secretária-geral do FADD, Elisa Trotta, disse num comunicado que “o mundo deve ser menor para aqueles que procuram permanecer no poder através da barbárie”.

“Tortura, desaparecimento forçado, prisão e perseguição seletiva são crimes contra a humanidade”, que devem ser investigados não apenas pelo Tribunal Penal Internacional, mas também “pelo sistema de justiça de países como a Argentina”, acrescentou.

Horas antes, a ministra dos Negócios Estrangeiros argentina anunciou que o Governo de Buenos Aires está a negociar salvo-condutos para os opositores venezuelanos que se encontram desde 26 de março refugiados na embaixada da Argentina em Caracas.

Diana Mondino asseverou que os opositores têm desde sexta-feira passada o estatuto de asilados políticos, que lhes foi concedido pelas autoridades argentinas.

VQ (ANC) // VQ

Palavras-chave:

As detenções, anunciadas pela Procuradoria de Evry, surgem num momento em que o país registou outro ataque violento contra uma estudante menor, Samara (14 anos), que saiu do coma depois de ter sido espancada na terça-feira por três jovens, já detidos, perto de um estabelecimento de ensino em Montpellier.

O motivo do homicídio de Shamseddine, cujos colegas o descreveram como alguém popular no estabelecimento de ensino, é desconhecido.

Um dos detidos tem 15 anos, três têm 17 anos e o mais velho tem 20 anos, noticiou a agência Efe.

Perante estes dois episódios de violência em contexto escolar, o Presidente de França Emmanuel Macron prometeu ser implacável no combate a este fenómeno.

Em declarações aos jornalistas durante uma visita a uma escola em Paris, Macron garantiu que os centros educativos “devem continuar a ser um santuário” contra “a violência desinibida” dos adolescentes.

“Cada vez [os agressores] são mais jovens”, alertou o chefe de Estado, que apontou algumas causas desta explosão de violência, entre as quais a precariedade familiar, sobretudo a vivida pelas mães que criam sozinhas os filhos.

“Vamos desenvolver um sistema de pré-alerta que servirá para que, quando for identificado um jovem que comece a ser violento, seja proposto às famílias a mudança de escola ou um internato”, revelou.

DMC // RBF

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,80%, o tecnológico Nasdaq subiu 1,24% e o alargado S&P500 valorizou 1,11%.

No mês passado, a economia norte-americana criou 303 mil empregos, segundo o Ministério do Trabalho, bem acima dos 200 mi, esperados pelos economistas. Este foi a maior criação de emprego desde maio de 2023.

“O mercado de trabalho continua vigoroso e a economia a criar empregos a um ritmo sustentado”, comentou, em nota analítica, Rubeela Farooqi, da High Frequency Economics.

“O crescimento elevado do emprego e a baixa da taxa de desemprego [de 3,9% para 3,8%] pode incitar a Fed [o banco central dos EUA, a Reserva Federal] a rever os seus cenários de baixa da taxa de juro de referência em 2024”, acrescentou.

A possibilidade de a Fed manter a taxa elevada por mais tempo é teoricamente desfavorável às ações, mas Wall Street partiu claramente para o investimento nestes títulos.

“Uma parte deste movimento foi uma recuperação depois da queda da véspera”, realçou Steve Sosnick, da Interactive Brokers.

Mas também viu na tendência de hoje um sinal de que os investidores “consideraram finalmente que é melhor preocuparem-se com a economia do que saber quantas baixas da taxa de juro vão existir” este ano.

Outros analistas apontaram, por sua vez, que o salário médio tinha subido apenas 0,3%, em termos mensais, conforme a expectativa dos economistas, e que a taxa de participação no mercado laboral tinha aumentado.

“A Fed não precisa de ver o mercado de trabalho começar a enfraquecer para baixar a taxa”, estimou, em nota analítica, Nancy Vanden Houten, da Oxford Economics.

“Ela vai considerar a progressão dos salários e a inflação, que esperamos que diminuam nos próximos meses”, antecipou.

RN // RBF

No Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, Carole Costa (28 minutos), Sliskovic (45+4), na própria baliza, e Diana Silva (62) marcaram os golos de Portugal, que lidera o grupo, com três pontos, mais dois que Irlanda do Norte e Malta, que também hoje empataram 0-0, enquanto as bósnias estão na última posição, sem pontos.

Portugal, que procura a sua terceira presença num Europeu, depois de 2017 e 2022, volta a jogar na terça-feira, na visita a Malta, em jogo da segunda jornada da ‘poule’, agendado para as 17:30 (hora em Lisboa).

MO // MO