Temos o país em chamas. Não há bombeiros que cheguem, meios aéreos poderosos, e prevenção que nos acuda. Há abnegação e coragem dos bombeiros, das forças da GNR e particularmente dos populares que estão sempre na linha da frente. Um país que arde, sem capacidade de controlo, não é um país, é uma coisa ardida. Todos os anos, cedo ou tarde, vem esta desgraça de destruição, de vidas perdidas e feridas e de paisagens negras de fumo e cinzas.
Isto não pode ser o nosso triste fado, o desígnio nacional. Dupliquem o número de bombeiros, de equipamentos de combate, de aviões, de helicópteros, e de tudo o que faz falta nestas situações dramáticas. Num lapso de tempo, assistimos a uma infindável tragédia na Madeira, à morte no Douro de cinco jovens da GNR e agora a estas desgraças indescritíveis.
O primeiro-ministro está diretamente a acompanhar todas as operações, e isso pode ter um significado positivo: ficará com a imagem correta do que falta para se fazer frente a dezenas de incêndios num só dia, e estará habilitado a tomar todas as medidas necessárias. Para agora, e para o futuro.
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