Na lista dos termos, que de tão usados deixaram de fazer qualquer sentido, o “reformas estruturais” não tem concorrência à altura. Fazendo um esforço para tentar dar algum sumo à coisa, talvez signifique querer virar-se completamente do avesso um aspeto da vida em comunidade, para que, no fim, fique melhor. Como conservador, isto não me agrada nada.
Sou daqueles que acreditam em mudanças graduais, avaliando, a cada momento, o que se alterou, percebendo se se tem de corrigir o trajeto e se não se está, em função de uma quimera, a comprometer aquilo que se tinha. O melhor exemplo de uma mudança gradual, mas que modificou estruturalmente a nossa economia, foi a que aconteceu com as nossas exportações.