A exposição ao Sol tem muitos benefícios, nomeadamente a produção de vitamina D e a estimulação da produção de algumas hormonais responsáveis pela sensação de bem-estar. No entanto, há alguns cuidados a ter para se poder usufruir adequadamente dessas vantagens e que são sempre importante de reforçar nesta altura do ano, particularmente quando se trata de crianças.
1. A partir de que idade é que as crianças se podem expor ao Sol?
A pele dos bebés é muito sensível aos efeitos da radiação ultravioleta e, actualmente, as recomendações das principais sociedades científicas são unânimes: a exposição solar directa deve ser evitada em bebés com menos de 12 meses de idade.
Isto não significa que devam ficar em casa até essa idade, bem pelo contrário. As actividades exteriores são altamente recomendadas e os passeios ao ar livre devem ser incentivados desde “sempre”. No entanto, deve-se evitar exposições directas ao Sol por períodos prolongados, como por exemplo as idas à praia. Esta recomendação prende-se com o facto de na praia existir muita radiação difícil de controlar, que reflecte na água e na areia clara. Assim, mesmo estando à sombra, há sempre radiação que tem um comportamento mais errático e que se torna praticamente impossível de evitar. Este é o motivo pelo qual se defende que as crianças só devem ir à praia a partir do primeiro ano, embora possam e devam passear na rua sempre que possível.
2. Qual o protector solar mais indicado?
Esta é uma pergunta frequente e que importa esclarecer. Até aos 2-3 anos, deve-se tentar escolher um protector solar que não seja absorvido pela pele, de forma a evitar algum tipo de reacção. Claro que isso vai implicar que o protector seja menos agradável do ponto de vista cosmético, pois se não é absorvido vai fazer com que a pele fique mais “empastada”, mas acaba por ser mais inócuo e, portanto, melhor para os bebés.
A opção mais clássica são os protectores com filtros exclusivamente físicos ou minerais. Recentemente têm surgido alternativas que podem também ser uma boa escolha e que incluem filtros orgânicos e minerais. A grande vantagem é que os filtros orgânicos são mais fáceis de espalhar, o que facilita a aplicação do protector. Nem todos estão aprovados para bebés pequenos, mas já há alguns aprovados a partir dos seis meses, o que faz com que possam ser usados com segurança.
A partir dos 2-3 anos já se podem utilizar protectores que contenham filtros químicos, tendo apenas em atenção que se deve sempre optar por protectores para crianças, com índices de protecção 50+.
Estes conselhos são para a maioria das crianças, desde que tenham uma pele saudável. No entanto, quando estamos perante uma pele atópica, a escolha deve sempre recair por protectores especificamente desenvolvidos para essas situações e que acabam por ser semelhantes aos descritos para os bebés mais pequenos (com filtros que não são absorvidos pela pele).
3. Quais os cuidados a ter?
Os principais conselhos para as crianças poderem aproveitar o Sol com segurança são semelhantes aos dos adultos e incluem os seguintes:
– Evitar as horas de maior intensidade de radiação ultravioleta, nomeadamente o intervalo entre as 11:00 e as 16:00
– Se a exposição solar for mais prolongada ou se a criança for pequena deve-se mantê-la com uma t-shirt, de forma a ter alguma protecção física
– Usar sempre chapéu (de preferência com abas para proteger as orelhas) e, se possível, óculos de sol
– Aplicar o protector solar adequadamente, antes da exposição solar e renová-lo a cada duas horas ou após contacto com água
– Aplica o protector solar em todas as áreas expostas, não esquecendo as orelhas, pescoço e pés (se a criança estiver descalça, de chinelos ou sandálias)
– Dar de beber muita água para evitar a desidratação
Assim, em jeito de conclusão pode-se afirmar que o Sol é óptimo e deve ser aproveitado por todos, crianças e adultos. No entanto, pode condicionar alguns efeitos nocivos na pele, pelo que importa cumprir algumas regras de segurança para se poder usufruir dos seus benefícios sem se expor aos seus (possíveis) prejuízos.