A procura imobiliária está em alta e bem atenta aos novos produtos que vão chegando ao mercado, com a venda de muitas casas a ser concretizada ainda em planta. Nos primeiros seis meses de 2022 foram lançados para comercialização cerca de 280 novos empreendimentos residenciais no país, os quais englobam um total de mais de 12.000 fogos. Cerca de 48% desta oferta chegada ao mercado já está vendida, segundo apontam os dados do relatório “Edifícios em Comercialização” produzida pela Confidencial Imobiliário.
Lisboa destaca-se como o mercado com maior volume de oferta em venda, com cerca de 1.800 fogos em comercialização, registando uma taxa de comercialização de 36%, um dos ritmos de absorção menos robusto da região metropolitana. No contexto regional, destacam-se Oeiras, com uma taxa de absorção de 72% para um universo de 650 fogos lançados este ano; bem como Loures e Amadora, na coroa de Lisboa e com taxas de absorção em torno dos 50%; e Seixal e Barreiro, na Margem Sul, com vendas a superar os 80%. Estes são mercados que contabilizam entre 400 e 800 fogos em venda.
No Porto, a oferta lançada este ano soma 1.225 unidades, das quais 46% se estima estarem vendidas. Gaia tem indicadores semelhantes, com os mesmos 46% vendidos para um universo superior, em torno dos 1.450 fogos. Matosinhos tem um stock para venda muito menor, em torno dos 200 fogos, assim como a Maia (105 fogos), mas apresentam desempenhos idênticos, garantindo o escoamento, respetivamente, de 43% e 41% das carteiras.
Alargando o foco a outras cidades do País, pode ver-se que a procura por novos fogos está também especialmente ativa. Em Aveiro, onde se identificaram cerca de 650 fogos em comercialização, 81% estão já vendidos, uma taxa alcançada também em Guimarães, cuja escala é menor, em torno da centena de fogos. Na capital algarvia, os cerca de 200 fogos identificados estão praticamente todos escoados, apurando-se uma taxa de comercialização superior a 90%.
A base de dados “Edifícios em Comercialização” é produzida pela Confidencial Imobiliário no âmbito do Pipeline Imobiliário e identifica e georreferencia a oferta residencial em venda no país, tendo por foco edifícios com pelos menos 10 apartamentos. Tem um foco especial nas regiões de Lisboa e Porto, mas abrange várias cidades de segunda linha onde essa oferta começa a emergir.