Portugal está na rota dos mais ricos e já serve de plataforma de lançamento para um produto imobiliário de luxo tão exclusivo como chalês nos Alpes Franceses.
Mas vamos por partes. A Athena Advisers, empresa fundada há 20 anos por três sócios franceses, tem casa-mãe em França e é especializada na venda de chalês de luxo, situados em localidades nos Alpes que fazem parte do epicentro do rentável mercado de turismo de inverno. A Athena Advisers está também presente em Portugal onde nos últimos cinco anos se especializou no mercado de luxo, em zonas exclusivas como o centro de Lisboa, Comporta ou Açores. Em 2021, em plena pandemia, a Athena, casa-mãe e a filial, em Portugal, tiveram os seus melhores anos de sempre, respetivamente 100 e 80 milhões de euros. Com um valor médio de transação em Portugal próximo de um milhão (mais precisamente 980 mil euros), a Athena assentou toda a sua faturação no ano passado exclusivamente nos estrangeiros.
Este lucrativo mercado de famílias e investidores endinheirados que adquiriram casa em Portugal e onde se incluem americanos, brasileiros, sul-africanos, entre outras nacionalidades, representa um potencial de grande valor uma vez que têm liquidez para investir em mais casas secundárias.
Esta tarde, a direção da Athena em peso reuniu-se no hotel Ritz, em Lisboa, para delinear a estratégia de expansão deste negócio que passa também por atrair clientes portugueses que gostem de desportos na neve e/ou queiram investir num mercado que tem sempre valorizado nos últimos anos, num mix que abrange glamour, lifestyle e limitação geográfica, o que faz situar o metro quadrado nos Alpes franceses entre os 6.000 euros e os 8.000 euros, em Combloux, por exemplo, ou os 19.000 euros aos 30,000 euros/m², em Val d’ Isère.
“Há muitos benefícios para quem compra um chalê nos Alpes. Mesmo sendo um cliente português, pode usufruir igualmente de uma hipoteca fixa, durante 20 anos, a uma taxa de 1,5%. Além disso, em França, quando se aluga uma casa, todo o IVA que vamos recebendo, acaba por nos ser devolvido”, exemplifica, à Visão, David Moura-Jorge, diretor-geral da Athena em Portugal e que fez as honras da casa no evento de hoje ao receber Camille Letuve, o sócio especialista nos Alpes franceses, e ainda o sócio fundador Roman Carel.
Nos Alpes franceses, a carteira da Athena soma habitualmente entre 500 a 1.000 unidades (chalés e apartamentos) disponíveis para venda, que seleciona com base em fatores de localização (dentro da estância, centralidade, proximidade das pistas de esqui ou dos teleféricos, vistas) potencial de investimento e qualidade do promotor imobiliário ou construtor.
A Athena Advisers trabalha com promotores imobiliários, mas em locais selecionados e também desenvolve os seus próprios projetos, refere-se no comunicado da empresa. Ao longo dos últimos anos promoveu propriedades de esqui de primeira linha (chalés e/ou apartamentos) com um valor bruto de promoção (GDV – Gross Development Value) entre 10 milhões e 20 milhões de euros por ano. E também faz a gestão turística dos chalês para quem os quer rentabilizar.
A valorização dos imóveis tem sido consistente até porque “nos Alpes não há muito espaço para construir devido ao declive e por isso, muitas das vezes, são revendas e casas renovadas”, explica David Moura-Jorge, acrescentando que, de certa forma, faz lembrar o centro de Lisboa, onde os imóveis em venda são escassos e é impossível a construção em altura. A valorização média anual dos imóveis dos Alpes ronda os 3% mas tudo depende da localização, da habitação e do resort. “Por exemplo, um apartamento adquirido por um dos nossos clientes em 2019 por 1,6 milhões de euros, já vale 2,6 milhões de euros, um aumento de 62% em 3 anos”, sublinha-se ainda na informação prestada pela empresa.
Entre os projetos que a Athena tem em carteira contam-se por exemplo o La Ferme des Pistes, no resort Les Gets, em Les Portes du Soleil com apartamentos T1 a T6, a partir de €450.00o ou o Le Hameau d’Ourea, no resort Châtel, em Les Portes du Soleil com apartamentos e chalés com tipologias entre o T4 a T6 a partir de €1,085 milhões.
