São as pessoas a força motriz das empresas. Numa iniciativa em parceria com a Galp, sete repórteres retrataram a presença da empresa no mundo através de quem gera a sua energia: os mais de 6300 funcionários, de 49 nacionalidades, espalhados pelos 11 países onde a multinacional opera.
Da refinaria às estações de serviço, das plataformas de prospeção aos projetos tecnológicos, do comércio e transporte de gás e de petróleo às comunidades onde a energia faz toda a diferença, documentámos as vidas diárias de 12 desses homens e mulheres, incluindo os seus hobbies, em Portugal, Espanha, Brasil e Moçambique. Um trabalho fotográfico que estará em exposição no Hub Criativo do Beato, a partir de dia 27 de Abril, junto com as fotografias premiadas do World Press Photo.

Nuno Garrido, 33 anos
Responsável de Análise
de Performance
e líder do projeto
de digitalização
da Refinação 4.0, Sines
Nuno Garrido é um engenheiro químico com doutoramento na área de simulação molecular. Vibra quando fala das responsabilidades que a sua função, responsável de Análise de Performance de Refinação da Galp, acarreta nas duas refinarias da Galp – Sines e Matosinhos. A sua grande missão é “fazer acontecer”, sendo por isso um dos motores necessários para que na refinação tudo funcione, bem oleado, como um todo. Foi em 2011 que concorreu ao programa de estágios da Galp, mas o grande repto foi-lhe lançado em 2014, quando integrou a equipa da direção de refinação. Hoje assume um desafio na área de digitalização, essencial para otimizar o processo produtivo das duas refinarias numa ótica de integração total. Gosta de regressar às origens, a São Pedro do Sul, onde habitualmente aproveita para fazer longas caminhadas. Este é o seu escape, mas não é o único: toca piano e trompete, que pratica sempre que pode.

Patrícia Brandão, 45 anos
Responsável pelo Desenvolvimento
de Negócio,
Porto de Sines
Corre mundo com um coração
de Viana ao peito e a música
na bagagem. Patrícia Brandão é responsável pelo Desenvolvimento de Negócio (fornecimento e comércio de gás e de petróleo) da Galp. Pelos quatro cantos do globo por onde anda, Patrícia vive num ambiente de diversidade cultural. É, muitas vezes, uma mulher entre homens, mas nunca sentiu que a sua missão estava dificultada por isso, e até considera que muitas vezes ajuda a desbloquear a conversa nas negociações internacionais em que participa. Esta economista de formação não consegue estar parada, e a música é um dos seus hobbies. Canta fado e também toca viola.

Susete Patrício, 42 anos
Responsável de Desenvolvimento de Projetos de Energias Renováveis, Lisboa
“As oportunidades nascem das adversidades” é o lema de vida que segue à risca Susete Patrício, e a sua energia é tão renovável como a área de negócio em que se move. Engenheira biofísica, trabalhou em projetos de muitas áreas, com diferentes tipologias: estradas, pedreiras, caminhos de ferro e, finalmente, energia. Entrou na Galp em 2008 e hoje assume a função de responsável de Desenvolvimento de Projetos na área de Energias Renováveis. Inicialmente, a sua função era mais focada no crescimento das energias eólicas; hoje a Galp pretende diversificar a carteira de energias renováveis para outras áreas, incluindo o solar fotovoltaico. “O solar é uma área muito interessante, mas com características ingratas: não há ligação à rede garantida como havia anteriormente no eólico.” Nas horas livres, recarrega baterias com caminhadas pela natureza, que a levam a percorrer o País de lés a lés.

Cecília Sêco , 43 anos
Gerente de Postos Galp, Aveiras
Pode ter, por vezes, um ar duro de “primeiro-sargento”, como confessa em jeito de brincadeira, mas é com recurso à emoção que lidera quem tem sob a sua responsabilidade. Cecília Sêco, gerente de dois dos postos Galp nas áreas de serviço de Aveiras, duas das mais importantes da rede em Portugal, é perfecionista e competitiva. Quer ter sempre tudo bem organizado e afirma ter um estilo de liderança educativa: quer que a equipa, com 29 pessoas, perceba que é a melhor porque trabalha cada vez mais em prol do cliente. Todas as manhãs, averigua como se passou a noite e dá uma volta pela área de serviço. Tudo é da sua responsabilidade. Só regressa a casa ao final do dia, com um sentido de dever cumprido. À sua espera estão o marido e a sua tribo de quatro patas: um cão e três gatos.

Delmira Duarte, 46 anos
Responsável
pela Gestão
de Processos
e Melhoria
Contínua, Lisboa
Diz a lenda que a fénix, pássaro da mitologia grega, sempre que morria, entrava em combustão e renascia das cinzas. Delmira Duarte, responsável pela Gestão de Processos de Melhoria Contínua, da área de gás e petróleo, não só se reinventou várias vezes ao longo da sua formação como tem agora em mãos a missão de dar asas ao projeto Fénix na Galp. Engenheira química com um mestrado em energia termodinâmica, reinventa agora o processo de relacionamento com os clientes, através de uma vertente mais digital que permite ir facilmente ao encontro das suas necessidades, garantindo um serviço de qualidade. Mas, para desligar da corrente, gosta simplesmente de pintar e de cozinhar.

302251Arlindo Camacho
Sérgio Cersosimo,
55 anos
Geofísico
e Assistente para as Geociências, Lisboa
Passa horas a olhar para os astros, mas tem os pés bem assentes na terra. Sérgio Cersosimo é geofísico e responsável por desenvolver um inovador projeto de Inteligência Artificial aplicada à engenharia geofísica. Nasceu em Buenos Aires, Argentina, no local onde vivia Jorge Luis Borges. Aliás, tem ainda bem presente uma forte memória de infância: o dia em que, a andar de bicicleta, encontrou o escritor. Perguntou–lhe se sabia quem ele era e se gostava de ler. Sérgio sabia quem ele era, e gostava de ler. Tanto que até aprendeu desta forma a construir telescópios e desenvolveu o seu grande hobby: a astronomia e o gosto por observar o céu. Queria ser astrónomo, mas acabou
a desenvolver projetos digitais para interpretar o que se passa quilómetros abaixo
da superfície terrestre.
“A interpretação sísmica é como fazer uma ecografia da Terra e é a partir daí que se observa como são as estruturas geológicas, interpretadas com o objetivo de saber quais as melhores condições para perfurar e instalar um ou vários poços de petróleo ou gás”, explica. Na Galp, desde 2012, Sérgio ainda arranja tempo para dar aulas de Geofísica de Reservatórios, na Faculdade de Ciências de Lisboa, como professor convidado. Uma vida preenchida
de desafios.

Isabel Moreno, 57 anos
Gerente de posto em Boadilla
del Monte, Madrid, Espanha
Estudou para ser auxiliar de enfermagem, trabalhou com crianças com necessidades educativas especiais, mas é como gerente de posto na Galp que Isabel Moreno põe em prática a sua especial apetência para lidar com pessoas. A proximidade com os seus clientes é a base do estilo de gestão que imprime nos dois postos de abastecimento que tem sob a sua responsabilidade, nos arredores de Madrid. Lutadora, venceu num mundo de homens e tem energia suficiente para comandar, com mestria, uma equipa
de 13 pessoas. O seu dia de trabalho começa cedo, por volta das 7h da manhã.
Faz a abertura das caixas, dá seguimento aos pedidos, verifica o que falta, controla tudo com pequenas reuniões diárias para fazer
o ponto de situação, avalia o dia anterior
e estabelece objetivos para o próprio dia.

Jardiel Carvalho
Leonardo Fragozo, 33 anos
Engenheiro do Petróleo,
Rio de Janeiro, Brasil
Num dia normal de trabalho, o carioca Leonardo Fragozo pedala dez quilómetros na sua bicicleta para chegar à sede da Galp no Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Depois de trocar o fato de ciclista pelo de engenheiro, Leonardo, que é formado em Filosofia e Engenharia do Petróleo, coordena o acompanhamento técnico das plataformas de petróleo que a Galp e os seus parceiros operam na bacia de Santos. São elas que captam uma porção importante da produção diária de petróleo e de gás natural da empresa. Em breve entrará em atividade outra unidade de produção, o que leva Leonardo a afirmar que é “muito gratificante fazer parte desse importante passo para a empresa”. No final do dia ainda tem fôlego para treinar polo aquático.

Issufo Mutuala, 38 anos
Gestor de Operações,
Porto da Beira, Moçambique
É inspirador ouvir Issufo Mutuala falar da sua vida com um brilho contagiante nos olhos. Superou a guerra civil de 1976-1992, em Moçambique, e conseguiu arranjar nas dificuldades forças para estudar, aprender e vencer. Hoje, ocupa o cargo de Gestor de Operações no Porto da Beira, província de Sofala, onde é Gestor do Parque de Operações. “Quando assumi estas funções só tinha 23 anos e era um desafio gerir pessoas de idade avançada”, pelo que decidiu voltar à escola. “Era preciso reestruturar a forma como planificávamos as nossas atividades na Galp. Tirei um curso que junta gestão ambiental, planificação e desenvolvimento comunitário, e aprendi a transformar tarefas que me pareciam complexas em situações fáceis no dia a dia.” Hoje orgulha-se de estar a ajudar o país a desenvolver-se e, através da Fundação Galp, participa em vários projetos de responsabilidade social de apoio às comunidades locais.
Um trabalho documental de Arlindo Camacho (Portugal), Enric Vives-Rubio (Espanha), Mauro Vombe (Moçambique) e Jardiel Carvalho/RUA Foto Coletivo (Brasil) com textos de Helena Peralta (Portugal e Espanha), Pedro Carvalho (Brasil), Frederico Jamisse Mossugueja (Moçambique)
O World Press Photo chega a Portugal com a VISÃO, em parceria com a Galp e a Câmara Municipal de Lisboa
Informações úteis
Calendário: 27 de abril a 20 de maio
Local: Hub Criativo do Beato
Horário: De quinta a domingo, das 10h às 19h
Entrada livre