Uma das palavras mais em voga nos dias de hoje é mindfulness, mas será a tecnologia uma das principais responsáveis pelos comportamentos stressantes que inundam o nosso dia-a-dia ou pode ser uma ferramenta fulcral para atingir esse estado de espírito que nos conduz a uma maior consciência e à felicidade? Paige VanZant, lutadora de Artes Marciais Mistas (MMA) que compete no UFC, reconhece que o feedback negativo que recebe nas redes sociais após uma prestação menos conseguida pode ter um grande impacto na sua recuperação psicológica. Uma das formas que encontrou para minimizar o problema foi a meditação, destacando que o «aspeto mental é tão importante quanto o físico» numa luta.
E este é um dos pontos onde a tecnologia pode ajudar com apps específicas para esta finalidade. Alex Tew, co-CEO da Calm, refere que a aplicação desenvolvida pela sua empresa conta já com 35 milhões de utilizadores (foi eleita a app do ano em 2017 pela Apple) e que ela «ajuda a navegar nos stresses dos dias de hoje» através da meditação. «Todos precisamos de mais ferramentas» para manter a positividade, afirma o executivo.
Mas não será uma contradição ter de recorrer a uma aplicação para smartphone para meditar? Alex Tew diz que não, pois a Calm é orientada por áudio, ou seja, o telemóvel é apenas um utensílio para ter um instrutor a dar indicações aos utilizadores. Além disso, tem a vantagem de, desta forma, se conseguir chegar a milhões de pessoas.
Mas claro que nem todas as pessoas precisam de seguir a mesma receita para atingir a referida mindfulness. Para algumas são precisas atividades radicais (como saltos de para-quedas), enquanto outras apenas precisam de noites bem dormidas. Para Paige VanZant, uma das chaves é a repetição. É por isso que nos campos de treino repete milhares de vezes o mesmo movimento para que no Octagon ele saia de forma instintiva. Quer um exemplo? Este pontapé.