As semelhanças entre o Alpine A290 e o recentemente anunciado Renault 5 são evidentes. Nem poderia deixar de ser de outro modo, considerando que o A290 é baseado no R5. Mas as diferenças são mais profundas do que se possa pensar à primeira vista. Não se trata, apenas, de um design mais desportivo associado a uns pneus mais vistosos e a um motor programado para ser um pouco mais reativo. O Alpine A290 tem várias diferenças importantes relativamente ao R5. E todas para melhorar o comportamento dinâmico e potenciar as sensações ao volante. Mas tudo feito de modo a manter o A290 um carro confortável q.b. para uma utilização diária. Pelo menos essa é a promessa da marca francesa. Que é cumprida, como vamos explicar.
Devorador de curvas
Começámos por experimentar o A290 num passeio pela ilha de Maiorca. Um percurso que misturou um pouco de autoestrada com muitas estradas secundárias. Não faltou a passagem por ruas estreitas de povoações antigas, nem estradas sinuosas de montanha. Ambientes onde a agilidade do A290 marca pontos. E, de facto, não podendo ser adjetivado de confortável, o A290 também está longe de ser desconfortável. Não se sente aquela rigidez que torna cada lomba um desafio em outros desportivos. É um carro perfeitamente usável no dia-a-dia. Mas apenas a dois ou num modo 2+2 onde os dois que vão no banco de trás não podem ser crescidos ou, então, têm de aceitar o desconforto de ter os joelhos e os pés ‘esmagados’ contra os bancos da frente. Sobre isto, é necessário levantar o banco do condutor para criar algum espaço para os pés de quem vem atrás.