Quando lançou o i5, em versão berlina, a BMW provou que conseguia fazer um 100% elétrico à altura da reputação da série 5 no que à dinâmica diz respeito. E agora eis que chega a versão carrinha, provavelmente ainda mais importante para o mercado nacional. Até porque esta Touring não tem ainda concorrência da Audi e da Mercedes – o modelo que mais se aproxima acaba por ser a Volkswagen ID.7 Tourer. A vantagem óbvia da versão Touring está no espaço extra na mala, que atinge os 570 litros. São mais 80 litros do que do que no i5 berlina e, curiosamente, mais 70 litros do que no SUV iX. Os bancos traseiros podem ser rebatidos (para um total de 1700 litros) e há um espaço inferior (30 litros) para arrumar os cabos. Cabe tudo! Mas não há frunk, até porque esta plataforma é partilhada com versões com motores térmicos. O que também se nota no ‘túnel de transmissão’, que faz com que não seja confortável viajar no lugar do meio do banco de trás (difícil de arrumar os pés).
A BMW i5 Touring está disponível numa versão bem mais potente, com dois motores e tração integral, mas a versão ensaiada demonstrou ter ‘garra’ de sobra. A aceleração é forte, sobretudo quando ativamos o modo boost, que disponibiliza (ainda) mais potência e binário durante 10 segundos. Para ativar este modo, basta pressionar a alavanca que está por detrás do volante, no lado esquerdo. Temos 10 segundos para usar o Boost, mas podemos ativá-lo consecutivamente. Naturalmente, a tração traseira torna tudo um pouco mais picante, embora os génios da eletrónica tenham conseguido desenvolver um sistema que nos mantém na direção certa. Mesmo quando ativamos o modo Sport. Sem dúvida um dos melhores carros elétricos (e não só) que já testámos em termos de dinâmica. Na verdade, até nos pareceu mais equilibrado que o i4, apesar das dimensões extra.