A operadora de telecomunicações romena Digi está a preparar a entrada no mercado português com uma proposta de serviços que deverá incluir televisão, banda larga fixa e rede móvel e sem contratos de fidelização de dois anos. O diretor executivo (CEO) da Digi, Serghei Bulgac, destacou numa conferência de apresentação de contas do segundo trimestre de 2024, que a Exame Informática acompanhou, que a estratégia ainda está em desenvolvimento, mas o foco será nos “preços atrativos e não períodos de fidelização”, de modo a conquistar clientes.
A Digi planeia lançar a oferta móvel por meio de uma infraestrutura própria, devido à insatisfação com as propostas de roaming nacional das operadoras portuguesas. No entanto, o CEO não descartou a possibilidade de acordos com os outros operadores se as condições forem favoráveis para ambas as partes.
A compra da Nowo por 150 milhões de euros, que garante à Digi uma quota de 2% no mercado português de telecomunicações, é considerada importante e fundamental para os objetivos da empresa romena. A aquisição deverá proporcionar acesso a conteúdos já disponíveis na quarta maior operadora em Portugal, num momento em que a Digi estava a ter dificuldades em adquirir os direitos televisivos dos principais canais portugueses.
A Digi pretende agora investir mais de 500 milhões de euros em Portugal para reforçar as infraestruturas móveis e fixas. A data de lançamento dos serviços não foi confirmada, mas está prevista para o segundo semestre de 2024, com a obrigatoriedade de concretização até ao final de novembro, conforme as regras do leilão 5G.
