A Apple vai continuar a usar a tecnologia de criação de microprocessadores da Arm “para além de 2040”, segundo o prospeto de entrada na bolsa de valores norte-americana submetida pela tecnológica de origem britânica.
O novo acordo entre as partes, desconhecido até agora, vai permitir à Apple continuar a desenvolver chips com arquitetura ARM para aqueles que são os principais produtos da empresa, como o iPhone, computadores Mac, tablets iPad e, brevemente, os Apple Vision Pro.
“Começamos um novo acordo de longo prazo com a Apple que vai além de 2040, continuando a nossa relação duradoura de colaboração com a Apple e o acesso da Apple à arquitetura Arm”, lê-se no documento submetido pela tecnológica, que é detida pela japonesa SoftBank, citado pela agência Reuters.
De sublinhar que a Apple concluiu, este ano, a trasição para utilizar apenas microprocessadores de arquitetura Arm nos seus diferentes equipamentos. Sobretudo nas diferentes linhas de computadores, a Apple optou durante muito anos por processadores Intel (com arquitetura x86), mas o lançamento do chip Apple M1 marcou um período de mudança para chips exclusivamente baseados na arquitetura Arm.
De sublinhar também que a Arm apenas licencia a tecnologia que permite o desenvolvimento de microprocessadores, sendo o design e o processo de fabrico feito por outras empresas dependendo dos chips e dos equipamentos em causa.
Mas há mais novidades. No mesmo documento, além do acordo de longo prazo com a Apple, a Arm revela também que algumas das maiores tecnológicas do mundo (AMD, Apple, Google, Intel, Nvidia, Samsung e TSMC) “mostraram interesse” em comprar até um total de 735 milhões de dólares em ações da empresa.
A Softbank, gigante japonesa que detém atualmente a Arm, está neste momento no processo de fazer uma Oferta Pública Inicial para a empresa de tecnologia de semicondutores, esperando encaixar até 51 mil milhões de dólares (cerca de 47,5 mil milhões de euros ao câmbio atual) com a entrada da Arm na bolsa de valores.