A Intel vai apostar forte na expansão em território europeu, com duas fábricas de chips e um investimento de 30 mil milhões de euros na Alemanha. Em troca, a fabricante vai receber cerca de 10 mil milhões de euros em subsídios de Berlim, acima dos 6,8 mil milhões de euros inicialmente previstos.
O CEO Pat Gelsinger tem investido milhares de milhões na construção de fábricas em três continentes, de forma a retomar a liderança no fabrico de chips e conseguir numa melhor posição para competir com as rivais AMD e Nvidia. Já o Chanceler alemão Olaf Scholz confirmou que “o acordo é importante para a Alemanha enquanto localização de produção de tecnologia de topo – e para a nossa resiliência (…) Com este investimento, estamos a acompanhar os melhores do mundo tecnologicamente e a expandir as nossas capacidades para o ecossistema de desenvolvimento e produção de chips”, cita a Reuters.
Em apenas quatro dias, a Intel anunciou três grandes investimentos: 4,6 mil milhões numa fábrica da Polónia, este de 30 mil milhões na Alemanha e Israel revelou que a fabricante ia investir 25 mil milhões noutra fábrica naquele país.
Com a fragilidade da cadeia de fornecimento e a elevada dependência de Taiwan e Coreia do Sul no que toca a chips, os EUA e a Europa querem tornar-se grandes players no setor através de uma mistura de subsídios estatais e de legislação favorável.
Na Alemanha concretamente, há uma estratégia para atrair as grandes tecnológicas: além da Intel e da Tesla já asseguradas, estão a decorrer conversações com a TSMC de Taiwan e com a sueca Northvolt para serem construídas fábricas no país.
Depois de a Comissão Europeia aprovar o pacote de subsídios, a fábrica da Intel deve estar operacional em quatro a cinco anos, estima a empresa, prometendo mais de sete mil postos de trabalho nesta nova expansão e outros três mil empregos altamente qualificados.