Os consumidores europeus refrearam a procura por smartphones no último trimestre. Dados da Counterpoint Research concluem que houve uma redução de 11% por estes aparelhos no segundo trimestre, face a igual período de 2021. A saída do mercado russo afeta as vendas dos fabricantes, bem como o macroclima global e a incerteza geopolítica. Esta quebra é mais acentuada desde o início da pandemia.
Jan Stryjak, diretor da empresa, explica que “foi um misto de resultados no Q2 de 2022 a as comparações ano-a-ano mascaram a complexa dinâmica do mercado. Muito mudou na Europa comparado com o último ano e mesmo com último trimestre, quer numa perspetiva de indústria, quer mais macro”.
No que toca a fabricantes, Samsung lidera a lista e aumentou as vendas e a quota de mercado, mas muito disso se deve ao facto de o mesmo trimestre de 2021 ter sido o mais baixo da Samsung numa década. Comparado com o primeiro trimestre de 2022, a Samsung registou uma quebra de quase 25%. A Apple surge em segundo lugar e apresenta um registo semelhante ao da Samsung: crescimento face ao ano anterior e redução face ao trimestre anterior.
A Xiaomi desceu, mas o primeiro trimestre do ano representou o pico, sendo o melhor da fabricante na Europa. Com a saída da Samsung e da Apple da Rússia, a Xiaomi ganhou presença, especialmente nos mercados de leste da Europa. Para terminar o top5, surgem a Oppo e a realme, ambas afetadas pela disrupção da cadeia de fornecimento, com esta última a registar um crescimento de dois dígitos face ao ano passado.