Sergey Lazarev, presidente da Federação de Xadrez da Rússia, assume que “o robô partiu o dedo da criança. Isto é, obviamente, mau”. Segundo o responsável, o robô foi alugado pela organização e já foi usado várias vezes noutras competições. A explicação de Lazarev conta que “a criança fez a sua jogada e depois disso devia ter esperado tempo para o robô responder, mas apressou-se e o robô acabou por agarrá-lo”, cita a agência de notícias russa TASS.
A entidade responsável pelo robô ainda não avançou com uma explicação para o sucedido, mas sabe-se que na maior parte dos ambientes industriais onde se encontram este tipo de aparelhos, os robôs não veem os operadores e movimentam-se em percursos predefinidos, com recorrências também predefinidas. Caso algum humano se atravesse, não há (na maior parte das instâncias) sensores que o permitam detetar, dando origem a acidentes.
Já o vice-presidente da Federação de Xadrez, Sergey Smagin, conta que “há certas regras de segurança e a criança, aparentemente, não as seguiu. Quando concluiu a sua jogada, não se apercebeu de que tinha de esperar primeiro”, cita o The Guardian.
Apesar do desfecho infeliz, a criança acabou por recuperar rapidamente e, no dia seguinte, estava de volta à competição, jogando com gesso na mão e com voluntários a ajudar a registar os movimentos.