A IC Insights estima que cada uma das 17 empresas que encabeçam a lista de produtoras de Circuitos Integrados (CI) consiga ultrapassar os dez mil milhões de dólares (cerc de 8,8 mil milhões de euros ao câmbio atual) em vendas no ano de 2021. No total, este grupo é responsável por 460 mil milhões em vendas, mas Intel, Samsung e TSMC concentram 210 mil milhões de dólares entre si. A Samsung é a nova líder, ultrapassando a Intel que prevê uma redução de 1% nas vendas – a única do grupo a registar uma quebra.
A performance negativa estimada da Intel traduz-se em menos 800 milhões de dólares de receitas. A publicação Tom’s Hardware lembra que a fabricante tem vindo a enfrentar a escassez de chips há mais tempo, com atrasos frequentes nos produtos de 10 e 7 nanómetros, o que pode ajudar a explicar este desempenho no mercado.
Em sentido inverso, surge a AMD que deve apresentar o maior crescimento neste grupo: 65% de aumento nas vendas, o que equivale a dizer que passa de 9,7 mil milhões em 2020 para 16 mil milhões de dólares em 2021. NXP e Analog Device acompanham o crescimento e também passam a barreira dos 10 mil milhões, com a MediaTek a ser a segunda com maior crescimento, alicerçado pelo bom desempenho das soluções ARM e dos produtos preparados para a 5G.
A Samsung cresceu 34%, com a fabricante a conseguir o maior volume, se considerarmos apenas a vertente financeira, com mais 20 mil milhões de dólares previstos para este ano do que os 58 mil milhões registados no ano passado.
O cenário global de escassez tem sido negativo para os consumidores e fornecedores de componentes, mas acaba por ser positivo para os fabricantes que aproveitam a oportunidade para aumentar os preços médios de venda e fazem crescer as suas margens de lucro. A procura, com a proliferação da 5G e as necessidades de reforço e substituição de equipamentos nos segmentos empresarial e doméstico, tem tendência para continuar em alta.