O diagnóstico positivo à Covid-19 e respetivo anúncio oficial por parte da Casa Branca conduziram a uma grande reação nas redes sociais. Enquanto muitos recorrem ao Twitter e ao Facebook para fazer votos de uma rápida recuperação de Donald e Melania Trump, outros desejam mesmo a morte do presidente dos EUA. Agora, Facebook e Twitter anunciaram publicamente que estas últimas mensagens vão ser eliminadas e não são toleradas.
Liz Bourgeois, porta-voz da Facebook, escreveu uma publicação onde se lê: “para ser clara, a Facebook está a remover todas as ameaças de morte ou conteúdos dirigidos diretamente ao presidente dos EUA e que desejem a sua morte, incluindo os comentários às suas publicações ou na sua página, além de conteúdo onde este seja mencionado diretamente”.
Também os responsáveis pelas comunicações do Twitter escreveram na rede de microblogging que “tuítes que desejam ou esperem a morte, ferimentos graves ou doença fatal contra *qualquer pessoa* não são permitidos e vão ser removidos. Isto não significa suspensão automática”.
Apesar de a medida poder ser consensual, houve algumas vozes críticas que se levantaram, nomeadamente as quatro congressistas Alexandria Ocasio-Cortez, Rashida Tlaib, Ilhan Omar e Ayanna Pressley, que já receberam no passado ameaças de morte diretamente dirigidas a si.
Tlaib afirma que “isto é tramado. As ameaças de morte dirigidas a nós deviam ter sido encaradas com maior seriedade.
Enquanto Ocasio-Cortez recorre à ironia para perguntar publicamente: “Então…. Querem dizer que podiam ter feito isto logo desde o início?” referindo-se ao maior tempo de reação que os responsáveis das redes sociais tiveram para atuar sobre as mensagens que lhe são dirigidas a si.
O Twitter reconhece a validade destas críticas, dizendo que “ouvimos as vozes que sentem que estamos a aplicar as nossas políticas de forma inconsistente. Concordamos que devemos fazer melhor e estamos a trabalhar juntos internamente para o fazer”.