A exibição Dalí Lives foi organizada em parceria com a agência de publicidade GS&P. A equipa envolvida recorreu a técnicas de edição de vídeo com aprendizagem de máquina sobre filmages do artista em entrevistas. Os criadores conseguiram recolher 6000 frames a partir deste arquivo e usaram depois mais de 1000 horas de aprendizagem de máquina para o algoritmo conhecer o rosto de Salvador. As imagens assim geradas foram depois sobrepostas sobre as de um ator com uma estatura e compleição semelhantes às de Dalí.
O resultado final é um Salvador Dalí deepfake, com um sotaque característico que mistura francês, espanhol e inglês, e que interage com os visitantes do museu. Segundo a organização, cada grupo de visitantes pode ter uma experiência diferente, uma vez que os discursos e imagens são combinados e articulados de forma distinta. O sistema consegue detetar as condições meteorológicas na rua e vemos Dalí a comentar o tempo, se estiver a chover por exemplo. Os visitantes são convidados a tocar a uma campainha e desfrutar da experiência. No fim da visita, Dalí pergunta se gostariam de tirar uma selfie, vira-se de costas para o público e capta a imagem. Os interessados podem depois recebê-la nos seus telefones.
Veja o vídeo de apresentação desta exposição surreal.