O Tribunal Judicial da Comarca de Évora forçou a Google a retirar os alertas de malware emitidos pelo Play Protect e que identificavam a Aptoide como malware. Os utilizadores que ignoraram os avisos e optaram por manter a Aptoide instalada constataram que a mesma deixou de funcionar, impedindo a instalação de outras aplicações. A Aptoide está a trabalhar com a equipa jurídica para preparar uma ação principal para exigir da Google uma indemnização de todos os danos causados. O comunicado de imprensa revela que a Aptoide estima uma perda de 2,2 milhões de utilizadores nos últimos 60 dias. A Google alegava nos alertas que a Aptoide poderia ser usada para permitir o download de aplicações maliciosas.
Paulo Trezentos, CEO da Aptoide, considera que «é uma vitória importante para nivelar o mercado das app stores. Esperamos sinceramente que esta decisão possa ajudar outras startups a defenderem a inovação e a livre competição, independentemente da dimensão dos players concorrentes».
Em julho deste ano, a empresa apresentou uma queixa formal junto dos órgãos anti-trust da União Europeia por considerar que a Google estaria a praticar concorrência desleal.
A Aptoide revela que, em 2017, identificou perto de quatro milhões de aplicações que resultaram na proteção dos utilizadores contra quase dois milhões de aplicações infetadas. Há ainda uma ferramenta anti-malware interna que responde mais rapidamente a novas ameaças e ataques do que outras ferramentas de terceiros.
Já este ano, a Aptoide desenvolveu um centro de controlo que monitoriza, em tempo real, todo o sistema de segurança, acompanhando várias métricas. A empresa considera que estes mecanismos permitem uma melhoria de 80 a 90% na disponibilidade e no tempo de resposta do sistema de segurança global para detetar novas ameaças.
A Aptoide encontra-se no top quatro das maiores app stores mundiais, com três escritórios em Lisboa, Shenzen e Singapura e tem o apoio de empreas de capital de risco como a Golden Gate Ventures ou a Gobi Partners.