Apesar de reconhecer os esforços que as empresas desenvolveram até agora, o comissário europeu para a segurança explica que há muito ainda por fazer. Julian King considera que «ainda não estamos lá (…) para chegar ao nosso destino final, temos de acelerar os trabalhos», cita a Reuters. A Comissão Europeia, na sequência do Forum Internet onde se reuniu com os estados-membro, as autoridades e as empresas tecnológicas, informou ainda que se prepara para aprovar legislação no próximo ano, caso não esteja satisfeita com o progresso que as empresas apresentem para remover este tipo de conteúdos.
O organismo europeu quer evitar legislar e favorece a abordagem de auto-regulação. Recorde-se que empresas como a Microsoft, o Facebook, o Twitter ou o YouTube estão a colaborar ativamente para remover estes conteúdos e já formaram uma base de dados com mais de 40 mil assinaturas digitais “terroristas”.
O objetivo é que sejam criadas soluções para remover conteúdos extremistas em uma ou duas horas depois do upload, sempre que tal seja tecnicamente possível sem colocar em causa os direitos humanos e as liberdades fundamentais.
O Facebook, por exemplo, afirmou que conseguiu remover 99% dos conteúdos relacionados com o Estado Islâmico e a al Qaeda, sem que tenha sido notificado antes, embora não adiante qual o volume de conteúdos removidos.