Em março, tem início a invasão Starry de Boston, EUA. Vai começar com a instalação de antenas nos telhados de prédios – e como a nova rede opera a frequências muito altas e com pouco alcance serão mesmo várias a antenas que terão de ser instaladas para conseguir garantir a cobertura da cidade. Só depois destas primeiras antenas, a Starry poderá anunciar uma oferta ao mundo: Internet a 1 Gbps, sem precisar de instalar qualquer cabo dentro de casa.
É um modelo de negócio que tem tanto de inovador como de arriscado: Chet Kanojia, o mentor da nova startup que já tem no currículo um fracasso com uma outra empresa que desviava transmissões hertzianas de TV, está apostado em afrontar novamente os grandes operadores de telecomunicações dos EUA. Para isso, conta não só com a largura de banda auspiciosa e a inexistência de cabos, como ainda com as Starry Stations, que deverão servir de porta de entrada da Internet em casa de cada utilizador.
O que é uma Starry Station? A Cnet descreve-a como uma consola que redistribui o acesso à Net por Wi-Fi, dispõe de ecrã tátil e permite configurar acessos, funcionalidades de domótica, controlos parentais, entre outras possibilidades.
As Starry Stations são uma peça fundamental desta rede – e isso pode ajudar a explicar o facto de custarem 350 dólares – mas não são a única: além destas consolas domésticas e das antenas que se encontram nos telhados, a nova rede sem fios deverá contar ainda com recetores que terão se ser instalados no exterior da casa para amplificar o sinal emitido pelas antenas e permitir que entre “atravesse” portas, paredes e janelas.
Após a estreia comercial, a Starry deverá ainda comercializar um dispositivo que expande o sinal em cenário doméstico. Será que é desta que Kanoija consegue fazer vingar uma ideia de negócio? Em março, com a estreia do novo serviço, já deverá ser possível ter uma primeira ideia.