Hoje, a PT fez saber que quer migrar a lógica “quatro em um” do M40 para o segmento das empresas com menos de 50 postos de trabalho. Foi a pensar nesse segmento que a companhia anunciou GlobalConnectPack, um serviço que junta Internet a uma central telefónica virtual que gere grupos de utilizadores de telefones e telefones, e-mail, e armazenamento de dados. E só não tem TV. Mas também pode ser uma questão de tempo: na conferência de imprensa, a PT admitiu fazer sentido a integrar TV no novo M40 das empresas.
Com o GlobalConnectPack, a PT pretende cativar as empresas com a redução do hardware de comunicações ao indispensável. Ou seja um acesso à Net (preferencialmente de fibra) e um router para distribuir a Net pela empresa. Tudo o resto será assegurado pelo software que o cliente pretende contratar.
Nesta primeira versão, o serviço já permite configurar mensagens de atendimento, encaminhar chamadas, configurar contas de utilizador para o parque de telefones e telemóveis, bem como definir parâmetros de contas de armazenamento de dados.
A PT diz estar em condições de substituir uma central telefónica convencional por um serviço virtual num prazo máximo de três semanas. O serviço vai ser comercializados em dois perfis, com mensalidades mínimas de 13 e 23 euros, respetivamente.
Armando Almeida, CEO da PT Portugal, aponta o GlobalConnectPack como o primeiro passo de um plano que tem em vista chegar a 30 mil empresas. «Queremos chegar a essa meta com este produto, e também com outros que vamos lançar nos próximos tempos», estimou.
No GlobalConnectPack, a PT reúne três frentes de competição num único produto: venda de tráfego de Net e telefones; armazenamento de dados; e a comercialização de soluções de software que terá como atrativo a existência de um único contrato assinado com um operador de telecomunicações.
Na solução que chega hoje ao mercado, predomina o software desenvolvido pela PT – mas já há um módulo de “terceiros”: o Exchange da Microsoft. João Paulo Cabecinha, diretor de Gestão de Produto e Pré-venda da PT, admite que, durante o próximos tempos, o serviço possa evoluir com a inserção de software de apoio à gestão desenvolvido por marcas externas.