Preparado para ganhar 130 mil euros por ano? Então, não faça a “coisa” por menos: trabalhe para ser um Diretor de Tecnologias de Informação de uma empresa de maior dimensão e com uma faturação em crescendo no mercado português.
O número resulta de uma estimativa da empresa de recrutamento Michael Page que revela ainda que o salário do mesmo candidato a diretor de departamento de tecnologias que trabalhe numa empresa de menor dimensão e com menor faturação não deverá ir além dos 65 mil euros anuais.
A Michael Page revela ainda que os salários de quadros médios e superiores das tecnologias podem ser considerados especialmente elevados quando comparados com as remunerações médias praticadas noutros setores da economia portuguesa: Gestor de Contas, que trabalha na área comercial, poderá ter um salário médio anual entre os 50 mil e os 90 mil euros; e um Coordenador de Departamento de Tecnologias (hierarquicamente abaixo do Diretor de Tecnologias) tem um salário médio anual entre os 45 mil e os 80 mil euros; e por fim, um Gestor de Projetos poderá ganhar, numa média anual, entre 42 mil e 70 mil euros.
Nuno Troni, diretor executivo da Michael Page, não tem dúvidas de que o setor das tecnologias «paga claramente acima da média nacional», mas recorda de que há duas tipologias de salários que têm tido uma evolução diferente: «Nos departamentos de tecnologias da banca, do retalho e de outros setores que usam as tecnologias como cliente final, os salários registaram um aumento médio de um a dois por cento em 2014. Em contrapartida integradoras e consultoras que instalam as tecnologias nos vários setores de atividade, esse aumento pode chegar em vários casos a oito ou 10 por cento face ao que se praticava em 2013».
Nuno Troni justifica a valorização dos salários tecnológicos com a escassez de profissionais formados e com a crescente migração para o estrangeiro de mão-de-obra qualificada. Quanto aos traços dominantes do profissional mais valorizado, diz: «É nos profissionais que dominam as áreas muito técnicas e que têm entre seis e 12 anos de experiência que há maior procura».
Um estudo da Michael Page revela ainda que, apesar de pagarem acima da média de outros setores, os contratos de profissionais de tecnologias já se acautelam com a inclusão de componentes salariais que variam consoante o desempenho da empresa. Segundo a Michael Page, 98% dos contratos de trabalho firmados em 2014 na área das tecnologias já contêm esta componente variável.
Além da possibilidade de progressão na carreira no estrangeiro, há outro elemento que tem funcionado como um dos atrativos mais valorizados pelos profissionais de tecnologias: hoje, todos os gestores e profissionais de vendas de tecnologias têm carro atribuído.