O Washington Post revela dados do projeto Genie, ao abrigo do qual vários especialistas conduziram ataques a redes e alvos estrangeiros. O projeto está desenhado para garantir o controlo de 85 mil computadores espiões até ao final deste ano e instalar aí software espião. O spyware está programado para gravar as atividades e transmitir dados de forma dissimulada. Em 2008, este método foi usado para infetar 21252 computadores.
Nas grandes redes modernas, bastará infetar apenas um equipamento, como um router ou um computador, para se conseguir ter acesso a milhares de outras máquinas. O Genie tem um orçamento de 625 milhões de dólares e pretende alcançar os milhões de máquinas infetadas.
A maior parte dos ataques tem efeitos imediatos, causando lentidão nas comunicações ou adulterando os resultados de cálculos básicos.
Dos 231 ataques conduzidos em 2011, a maior parte dedicou-se a alvos como o Irão, Rússia, China ou Coreia do Norte. O Stuxnet, lançado entre 2009 e 2010 e que afetou instalações nucleares iranianas, é a face mais visível destas ofensivas.
A maior parte destes ataques é conduzida a partir de agências de espionagem e não pelos militares. As forças militares têm de cumprir uma diretiva que diz que todos os ataques informáticos que causem disrupções, destruição ou manipulação de computadores têm de ser aprovados pelo Presidente. A norma não se aplica às agências.
Agora, os EUA estão a preparar a construção de dois gigantes centros de armazenamento para poderem guardar e processar toda a informação recolhida com este projeto e com o polémico Prism.