Nos primeiros três meses de 2013 foram vendidos 76,3 milhões de computadores pessoais – menos 14% que no mesmo trimestre de 2012, estima a IDC.
Nos arquivos da consultora norte-americana, que acompanha as vendas de computadores desde 1994, não há registo de uma queda tão grande como a que agora é anunciada. O número, além do caráter inédito apresenta alguns contornos de imprevisibilidade: a quebra de 14% é quase o dobro do previsto inicialmente pela consultora, noticia a Reuters.
Se a previsão do futuro tem sempre uma boa dose de incógnita, a análise do passado também não escapa à dúvida. No mesmo dia em que saiu a previsão da IDC, a concorrente Gartner divulgou uma estimativa que apontava para uma quebra de 11% nas vendas de PC no primeiro trimestre de 2013 quando comparado com o período homólogo. Nos arquivos da Gartner, é a maior quebra registada desde 2009.
A IDC aproveitou ainda para juntar vários registos e apresentar uma tendência: pela quarta vez consecutiva, o primeiro trimestre regista uma tendência de quebra face ao anterior.
Apesar de não coincidirem nos números, os peritos das duas consultoras concordam em pelo menos dois pontos: 1) a quebra de vendas pode estar diretamente ligada à migração de utilizadores para dispositivos tablets, media centers, consolas ou smartphones; 2) o lançamento de um novo Windows costuma ser um elemento potenciador de um aumento de vendas, mas no caso do Windows 8 (lançado em outubro) além de não estar a conseguir potenciar vendas, também não está beneficiar desse incremento habitual.
Para os fabricantes, o panorama também não é animador: a HP perdeu 24% nas vendas de PC, mantendo, ainda assim, a liderança mundial do segmento com 15,7% de quota de mercado. Em segundo lugar manteve-se a chinesa Lenovo com 15,3%, informa a IDC.