O sistema K Computer ainda está em fase de configuração. No entanto, a máquina desenvolvida conjuntamente pelo RIKEN Advanced Institute for Computational Science e pela Fujitsu já foi capaz de conquistar a primeira posição na famosa lista Top 500, que ordena os supercomputadores mais poderosos do mundo.
O novo recorde de desempenho, medido pelo benchmark LINPACK, é 8,162 petaflops, o que significa mais de 8 mil milhões de operações em vírgula flutuante por segundo. Este resultado foi atingido por 68.544 processadores SPARC64 VIIIfx com oito núcleos a 2 GHz. No total, são 548.352 unidades de processamento. Quando o sistema estiver a "todo o vapor", o número de processadores vai aumentar para 80 mil, o que corresponde a 640 mil núcleos de processamento.
A máquina requer uns impressionantes 9,89 megawatts de potência elétrica para operar, o que corresponde à quarta posição do Top 500 em termos de eficiência energética.
A arquitetura utilizada pelo novo supercomputador mais poderoso do mundo não recorreu a processadores gráficos, contrariando uma tendência recente. Aliás, o anterior líder da lista (novembro de 2010), o Tianhe-1A, feito pelo National Supercomputing Center em Tianjin, conseguiu alcançar os 2,6 petaflops graças a uma arquitetura mista, que jutna 14.336 processadores Intel Xeon e 7168 processadores gráficos (GPUs) Nvidia Tesla. O supercomputador chinês ocupa agora o segundo lugar.
Os Estados Unidos, o país que mais vezes liderou a lista, tem a sua melhor máquina na terceira posição. O Jaguar do DOE/SC/Oak Ridge National Laboratory consegue atingir 1,8 petaflops e tem por base processadores AMD Opteron de seis núcleos a 2,6 GHz.