O vídeo é um clip do filme The Innocence of Muslims e acusa o profeta Maomé de ter sido uma fraude. O filme tem toques de amadorismo e terá sido realizado por Sam Bacile, um israelita radicado na Califórnia. O clip está disponível no YouTube desde julho, mas só agora foi traduzido para arábe e passado na televisão nacional do Egito. Desde aí, multiplicaram-se os tumultos violentos no Cairo e em Benghazi.
A Google defende a não retirada do vídeo do YouTube em comunicado: «O vídeo – que está disponível na Web – está dentro da nossa política para publicação e vai permanecer disponível no YouTube», cita a Reuters. «No entanto, dada a situação difícil na Líbia e no Egito, vamos restringir o acesso temporariamente nestes dois países».
A política da Google consiste em retirar vídeos que tenham sido marcados pela comunidade como impróprios e que incluam discursos de ódio contra um grupo baseado na religião.
A Google, depois da compra do YouTube em 2006, está a enfrentar críticas de ambos os lados, no sentido de retirar vídeos ou de não ser rápida o suficiente a remover vídeos ofensivos. De um lado é acusada de tentativa de limitação da liberdade de discurso e por outro é considerada conivente com vídeos que possam ferir suscetibilidades.
Um porta-voz do governo do Afeganistão já fez saber que o YouTube será bloqueado naquele país enquanto o vídeo em questão não for removido.