A AMD está a apostar na criação de uma nova divisão e unidade de negócio, apelidada de UDNA, que dará primazia para a Inteligência Artificial e na qual vai juntar as suas tecnologias RDNA (de gráficos para jogos) e CNDA (de gráficas para centros de dados). Jack Huynh, responsável de computação e gráficos na AMD, assume que para os gráficos de videojogos o objetivo é construir em escala e ganhar quota de mercado em níveis de preço mais baixos. “Assim, tenho de lhes mostrar [aos programadores] um plano que diga: ‘podemos chegar aos 40% do mercado com esta estratégia’. E eles vão dizer ‘estou contigo, Jack. Agora vou otimizar para AMD’”, explica o responsável em entrevista ao Tom’s Hardware.
Com a UDNA, a AMD quer seguir os passos da Nvidia com a plataforma universal CUDA e tentar rivalizar nesse capítulo também.
Já para o setor da Inteligência Artificial, Huynh não esconde que a AMD pretende dominar o setor e disputar o trono com a Nvidia. Mais concretamente, a estratégia passa pelos centros de dados de IA, nos quais a AMD já tem uma quota de mercado substancial com os processadores EPYC, querendo agora agora crescer com novas unidades de processamento gráfico também.
Numa altura de grande procura para as placas gráficas, as empresas assumem que aceleraram o negócio para lançar novas arquiteturas de silício todos os anos, a um ritmo nunca antes visto. Para fazer face a esta ‘velocidade’, ambas têm de admitir que não conseguem produzir todos os tipos de chips de uma só vez, pelo que a prioritização do negócio torna-se necessária.
Ainda assim, Huynh acalma os receios dos jogadores: “Não se preocupem, eu adoro jogar. Quando eu faço apresentações à administração, assumo que os videojogos são um pilar importante na minha estratégia”.