Num evento realizado esta noite que antecedeu a abertura do Mobile World Congress, maior feira de telecomunicações da Europa, em Barcelona, a Samsung surpreendeu com a apresentação da segunda geração do tablet, Galaxy Tab, agora com ecrã de 10,1 polegadas.
O ecrã TFT LCD de 10,1" tem uma resolução de 1280×800 pixéis. O processador deste tablet é, como seria de esperar, um Tegra 2, da Nvidia. A Samsung não pode colocar um processador seu porque para usar a versão do Android 3.0 (também conhecida como Honeycomb), a Google coloca como obrigatório, usar a plataforma da Nvidia.
O processador é um dual core a 1 GHz, a memória é DDR2 e o 6860 mAh. Durante o tempo que o utilizámos no evento da Samsung, notámos que o tablet é bastante rápido porque toda a experiência é fluída. Seja a ver vídeo, seja a gravá-lo em 1080p.
O novo Galaxy Tab continua a ter duas câmaras. A de trás com oito megapixéis e a frontal com 2 megapixéis. Ou seja, mantém-se a possibilidade de fazer chamadas de vídeo.
Outra das grandes novidades é incluir uma antena que permite fazer HSPA+ (com uma velocidade que pode atingir os 21 Mbps). Ou seja, estar fora do alcance do Wi-fi deixa de ser problema para a visualização de conteúdos mais pesados. Isto, claro, desde que o operador com o qual tem contracto suporte a tecnologia.
O Samsung Galaxy Tab 10,1 vai estar disponível em versões de 16 e 32 GB e tem apenas 10,9 mm de espessura e pesa 599 gramas. Ainda não foi relevado preço, nem disponibilidade para Portugal deste novo tablet.
Android 3.0
Experimentámos pela primeira vez a versão 3.0 do Android. A tal que a Google pensou de raiz para os tablets. A experiência é incomparavelmente superior ao que conhecíamos da que estava no primeiro Galaxy Tab. Esta nova interface tira partido das polegadas do ecrã e permiti-nos navegar nos vários ecrãs num ambiente tridimensional. Destaque para o leitor de livros electrónicos e para o player de música. Tudo o que surge no ecrã está redimensionado para um tamanho maior e a experiência visual é muito boa.
É preciso destacar que nesta primeira versão do Android 3.0 usada no Galaxy Tab 10,1, a Samsung não foi autorizada a fazer qualquer tipo de personalização à interface nem pode integrar, de raiz, quaisquer aplicações. Algo que, um responsável da Samsung nos esclareceu que pode vir a mudar num futuro próximo.
Galaxy S II
A segunda geração do bem-sucedido Galaxy S (a Samsung vendeu 100 milhões em todo o mundo) é um smartphone com muitas melhorias. O ecrã é maior, 4,27 polegadas (800×480), e tem, segundo a Samsung, mais qualidade. Usa a tecnologia Super Amoled Plus, quer isto dizer que o fabricante coreano encontrou forma de reproduzir mais cor, contraste e resolução. Esta nova versão de ecrã tem um tempo de resposta de 0,01 ms.
O processador é da Samsung e é um Dual Core a 1 GHz com processador gráfico embutido. À semelhança do tablet, também aqui as comunicações móveis podem ir até aos 21 Mbps (HSPA+).
O Galaxy S II usa a versão 2.3 do Android (Gingerbread) e estreia a versão 4.0 da interface Touchwiz, da Samsung. Esta, para além de ter um efeito 3D na passagem de ecrãs e ícones, estreia quatro hubs (agregadores de conteúdos): Social, Música, Reader (para livros, revistas e jornais), Jogos.
A Samsung também integrou uma solução de voz que permite comandar o telefone sem lhe tocar, ouvir SMS e e-mails, por exemplo.
Destaque, também, para a integração de tecnologias empresariais de empresas como a Microsoft, Cisco e Sybase, que dão ao Galaxy S II suporte para aplicações e plataformas profissionais. Por exemplo, o Exchange, da Microsoft, permite-lhe agora convidar várias pessoas da mesma empresa para uma reunião. Mas o mais importante é a aposta no reforço da segurança dos dados, por isso, existe encriptação integrada no hardware do telefone que está de acordo com a usada pela empresa.
O Samsung Galaxy S II vai estar disponível, versões de 16 e 32 GB, em Portugal, tudo indica, em Abril e ainda não tem preço. Este smartphone está mais fino que a versão anterior (8,49 mm) e pesa apenas 116 gramas.
Pedro Miguel Oliveira, Barcelona