A Colossal anuncia ter conseguido alterar o genoma de lobos cinzentos e, dessa forma, ter trazido essencialmente o lobo gigante de volta. Esta espécie de canídeo desapareceu no período Pleistoceno e deixou de circular pelas Américas. Há diferenças claras nos esqueletos dos lobos gigantes (espécie que estava extinta) e dos lobos cinzentos (a espécie mais comum de lobos), com os investigadores da Colossal a estimarem que os primeiros se formaram a partir dos canídeos há 2,5 milhões de anos.
Uma separação de evolução tão longa significa que se formaram diferenças genéticas significativas entre as duas espécies de lobo. Dados internos da Colossal contabilizam 14 áreas do genoma que têm de ser alteradas, com um total de 20 edições necessárias. Os novos animais têm 15 variantes genéticas, mas a empresa não revelou quais as alterações que fez, noticia o ArsTechnica.
A Colossal apostou no pelo claro e no tamanho gigante do lobo, numa abordagem cautelosa, uma vez que já se sabia que estas alterações eram compatíveis com o resto do genoma do lobo cinzento. Ben Lamm, da Colossal, explica que a análise de imagens da morfologia do esqueleto vai acontecer durante os exames de primeiro ano destas crias. A primeira a nascer foi batizada de Romulus, o primeiro lobo gigante a viver na Terra nos últimos 10 mil anos.
Nesta fase, foram criados três destes lobos que estão a ser mantidos numa instalação veterinária cuja localização se desconhece e onde têm bastante acesso ao exterior.
Tecnicamente, estes animais são uma variante dos lobos cinzentos e têm algumas alterações que os assemelham aos lobos gigantes. Os seus instintos também se devem assemelhar aos dos lobos cinzentos, mas isto será algo que só o tempo acabará por revelar.