Os investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos da América, revelaram, através de um artigo publicado esta terça-feira (14) na revista Nature Astronomy, que o flash azul avistado, em 2018, por astrónomos no Espaço, e conhecido como AT2018cow ou “cow” (vaca), não era a explosão de uma estrela nem uma supernova, mas sim um objeto compacto. Com um corpo pequeno, mas com muita massa, o objeto teve origem na explosão de uma estrela a 200 milhões de anos-luz de distância da Terra.
Dheeraj “DJ” Pasham, investigador do Instituto Kavli de Astrofísica e Pesquisa Espacial do MIT e principal autor do artigo, disse em comunicado à publicação Cnet que os raios-X que o objeto emitia permitiram identificar a sua origem, já que era “extremamente incomum para supernovas”. Ao analisar dados recolhidos pelo telescópio Neutron Star Interior Composition Explorer da NASA, identificaram que esses raios-X eram característicos de objetos compactos. Ainda assim, terá sido uma supernova a causar o impulso desses raios-X, o que significa que a matéria da estrela morta está restrita num espaço pequeno. Cada um dos raios-X era lançado a uma frequência de 225 hertz e uma vez a cada 4,4 milissegundos durante um período de 60 dias. O responsável pelo estudo disse que bastava “pegar nessa escala de tempo e multiplicar pela velocidade da luz para obter o tamanho máximo absoluto de uma região da zona”. Esse tamanho deve ser de 1000 quilómetros, ou seja, 621 milhas de largura.
O próximo passo desta investigação é identificar se o objeto é um buraco negro ou uma estrela de neutrões e, para isso, os investigadores vão precisar de determinar o período exato da estrela de neutrões, ou seja, calcular quanto tempo o objeto demora a fazer um ciclo de revolução.