Arrancam nesta sexta-feira as candidaturas para a primeira edição do concurso de projetos de computação avançada, promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Até 14 de setembro, universidades, laboratórios de investigação e empresas (incluindo privadas) podem submeter projetos de investigação que tirem partido da capacidade de processamento dos supercomputadores que constituem a Rede Nacional de Computação Avançada (RNCA).
Os projetos que garantirem acesso aos supercomputadores vão ficar divididos em duas categorias: Acesso Preparatório, destinado a investigações que não têm experiência prévia em Computação de Alto Desempenho (HPC em inglês), em Computação de Alto Rendimento (HTC) ou supercomputação cloud e estarão limitados à utilização de 50.000 core.horas por um período máximo de dois meses; a segunda categoria é denominada de Acesso Projeto e destina-se a investigações já com experiência em supercomputação e que sejam de maior dimensão, necessitando de 50.000 a 3.000.000 core.horas, por um período máximo de seis meses.
Core.horas é a medida que se refere ao número de unidades de processamento (núcleo ou core em inglês) usadas para executar uma simulação, multiplicado pela duração da tarefa em horas – sendo que 1 core.hora significa a utilização de um core por um período de uma hora. No total, segundo o anúncio da FCT, vão estar disponíveis para investigação 27 milhões de core.horas.
Os supercomputadores que atualmente compõe a Rede Nacional de Computação Avançada e que vão poder ser utilizados por esta vaga de projetos de investigação são o BOB (operado pelo Minho Advanced Computing Center), o Navigator (operado pelo Laboratório de Computação Avançada da Universidade de Coimbra), o Oblivion (operado pelo High Performance Computing da Universidade de Évora) e os Cirrus-A e Stratus, operados pela Infraestrutura Nacional de Computação Distribuída.
A descrição técnica dos supercomputadores – nós de computação, processadores e unidades gráficas usados, modelo computacional e número de core.horas disponíveis em cada um – pode ser consultada aqui.
A FCT sublinha ainda que os projetos de computação avançada, de diferentes áreas científicas, ajudam a reforçar as competências de investigação das organizações portuguesas, contribuindo para o aumento da competitividade portuguesa na ciência e na tecnologia. “É com estes objetivos que a FCT abre este concurso para suportar tecnologicamente projetos de computação avançada em todos os domínios científicos”, lê-se na página do projeto.