Para que possa existir vida noutros planetas, os investigadores consideram que devem ter um tamanho semelhante ao da Terra, orbitar uma estrela como o Sol e ser rochoso ou maioritariamente terrestre. Além destas características, o planeta deve ter uma temperatura propícia, nem muito quente, nem muito fria e orbitar uma estrela tipo G numa zona habitável. Sabe-se que a tarefa de encontrar este tipo de planetas é difícil, mas a comunidade abordou o tema com novas técnicas de investigação e consegue agora inferir que há potencialmente muitos mais planetas lá fora com estas condições.
Num estudo publicado no The Astronomical Journal por uma equipa da Universidade da British Columbia, os cientistas estimam que existam 0,18 planetas semelhantes à Terra por cada estrela tipo G. Até aqui, a comunidade acreditava este rácio era de 0,02 planetas por cada estrela. Ao calcular que o rácio é maior, a equipa sugere que há, potencialmente, mais de seis mil milhões de planetas nestas condições, noticia o Engadget.
As estrelas tipo G, também conhecidas por estrelas-anãs, representam 7% do total de 400 mil milhões de estrelas da Via Láctea. A uma proporção de 0,18, significa que cerca de seis mil milhões de estrelas podem ter planetas semelhantes à Terra.
“Estimar quão comuns são os planetas em torno de diferentes estrelas pode fornecer dados importantes sobre as limitações na formação dos planetas e nas teorias de evolução e ajudar a otimizar missões futuras dedicadas a encontrar exoplanetas”, descreve a investigadora Michelle Kunimoto, que co-assina este estudo.
Outra abordagem da NASA passa por explorar planetas com oceanos para perceber se são comuns na nossa galáxia e se têm condições para albergar vida.