Marte é considerado um planeta frio e árido, mas as provas de existência de água no planeta vermelho são cada vez maiores. Um estudo recente publicado no Journal of Geophysical Research: Planets, indica que um meteoro terá causado a cratera de 120 km de comprimento, que dá pelo nome de Lomonosov, situada nas terras baixas da região norte do planeta, e também um mega tsunami que deixou marcas visíveis na superfície do planeta.
Segundo o estudo, as marcas analisadas na cratera marciana partilham algumas características com crateras marinhas da Terra, levando os cientistas a pensar que podem ter existido grandes massas de água em Marte. O estudo indica ainda que um buraco na região sul da cratera marciana pode ter resultado da passagem de uma grande quantidade de água no local, possivelmente um oceano.
De acordo com o The New York Times, vários relatórios climáticos sugerem que, mesmo que tenha havido água em estado líquido, a temperatura ambiente pode ter sido uma barreira para a existência de vida no planeta, pelo menos, da forma como a conhecemos na Terra. Alguns cientistas indicam que existem marcas de antigos deltas fluviais e outras provas geológicas que demonstram que existiu um oceano a norte do planeta há 3,7 mil milhões de anos.
Aliás as primeiras provas de existência de água em Marte datam de julho do ano passado, quando o MARSIS, um instrumento usado para detetar a presença de água no estado líquido no planeta, descobriu um lago a cerca de 1,6 quilómetros de profundidade e que mede aproximadamente 20 km de comprimento.
Foram também analisadas algumas linhas costeiras que são visíveis da órbita do planeta, que os investigadores pensam terem sido causadas por tsunamis do tamanho de arranha-céus. O The New York Times indica que, uma vez que os cientistas consideram Marte um planeta com uma prepotência tectónica menor que a Terra, as ondas gigantes só podem ter sido geradas pela colisão de um meteoro com a massa de água.