Os investigadores da Universidade de Cambridge revelam que o sistema conseguiu identificar, com uma precisão de 94%, poses violentas num grupo de voluntários em condições ideais, com espaços amplos, boa visibilidade e gestos ostensivamente dramáticos. O grau de precisão caiu para 79% em grupos com mais de dez pessoas.
O estudo publicado agora, Eye in the Sky, descreve a utilização de um drone Parrot AR que transmitiu vídeo em tempo real através de uma ligação móvel e a análise que foi feita em tempo real pelo algoritmo treinado para detetar cinco movimentos que podem indiciar violência: estrangulamentos, socos, pontapés, disparos e esfaqueamentos.
O sistema está longe de poder ser usado no mundo real para controlo e vigilância, mas a equipa liderada por Amarjot Singh vai conduzir dois testes em festivais na Índia. O coordenador do estudo motivou-se depois dos acontecimentos na Manchester Arena, em 2017, e pretende usar câmaras de vigilância e drones para detetar comportamentos suspeitos.
Resta perceber como é que o sistema pode ser preparado para interpretar imagens de situações reais, que muitas vezes não são nítidas, e alguns movimentos inocentes que podem ser confundidos com poses ou gestos violentos.