A maioria dos cientistas acredita que existe um buraco negro gigante no centro da Via Láctea, que terá 4 milhões de vezes a massa do nosso Sol. Todavia, ainda ninguém conseguiu provar esta teoria.
Um buraco negro é um objeto estelar tão maciço e com uma gravidade tão forte que nada, nem a luz, lhe consegue escapar. Assim, apesar de não ser possível observá-lo diretamente, é possível observar o horizonte de eventos, a fronteira do espaço-tempo que, segundo a teoria da relatividade geral de Einstein, interage com o espaço normal e denuncia a existência do buraco negro.
Segundo o Space.com, o Conselho Europeu de Investigação atribuiu, agora, 14 milhões de euros à equipa por trás do projeto BlackHoleCam, que pretende observar o centro da nossa Via Lactea para perceber se, afinal, existe ou não um buraco negro.
Heino Falcke, da Radboud University Nijmegen, na Holanda, é um dos investigadores. Diz ele que “a tecnologia está agora avançada o suficiente para conseguirmos produzir imagens dos buracos negros e verificar se existem tal como previsto: se não houver um horizonte de eventos, não há buracos negros”.
A equipa do BlackHoleCam pretende usar o novo observatório gigante ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) no Chile, conjuntamente com outros instrumentos de rádio e supercomputadores, para fazer avançar o trabalho.