A experiência faz mesmo lembrar o filme Inception (A Origem, em português), de Christopher Nolan. A manipulação dos neurónios em laboratório feita desta forma mostra que as memórias não podem ser confiadas a 100%.
O trabalho de Susumu Tonegawa no MIT foi alterar alguns neurónios no cérebro de ratos. As cobaias estavam preparadas geneticamente para ativar certos neurónios quando submetidas a um flash. A técnica permitiu fazer o rato lembrar-se de que tinha levado choques elétricos numa determinada caixa, quando tal nunca sucedeu, noticia o Technology Review.
«O processo das memórias não é nada como gravar uma cassete. É realmente maleável e suscetível de incorporar novas informações», diz Steve Ramirez, co-autor deste estudo publicado na revista Science.
Nos últimos anos, os avanços na neurociência e nas tecnologias permitem aos cientistas detalhar os componentes das memórias a nível molecular e celular. Estes desenvolvimentos permitirão a realização de diagnósticos mais completos e ainda a implementação de terapêuticas mais eficazes.