Por poucos segundos de avanço, o condutor humano venceu a corrida a um automóvel conduzido por um robô que foi desenvolvido pelo Centre for Automotive Research at Stanford University (Cars).
Condutor humano e condutor robô tinham um fator em comum: ambos conheciam bem o circuito de Thunderhill Raceway, na Califórnia, que albergou esta corrida fora do comum.
Batizado de Shelley, o carro que tinha um robô como condutor foi sujeito a um período de treino (através do registo de dados feito por vários sensores incorporados na viatura) antes de avançar para a corrida.
Os investigadortes da universidade da Califórnia lembram que o traçado com 15 curvas do Thunderhill Raceway foi o ideal para sujeitar o robô a diferentes desafios.
A quem julgar que os robôs ainda não sabem o que é a velocidade, resta lembrar que em alguns troços da corrida, este Shelley (um desportivo Audi TTS, com 270 cavalos, com as devidas adaptações) chegou a superar os 185 quilómetros por hora. Só que em competição estava igualmente um condutor com experiência em corridas com um automóvel igualmente potente… e o Shelley teve de se contentar com o segundo e último lugar.
O facto de ter perdido esta corrida de uma única volta não esmorece o entusiasmo dos investigadores norte-americanos. Uma das razões que terá ditado a vitória para o condutor humano terá sido a predisposição dos humanos para levar aos limites a capacidade do automóvel. O que pode revelar-se útil para mostrar aos chauffers robóticos a margem de progressão que tem pela frente.
«O nosso principal objetivo não é propriamente robotificar (os carros de corrida), mas antes pegar neste tipo de tecnologias, aprender com os melhores condutores e usar esses conhecimentos em sistemas de segurança para automóveis», atenta Chris Gerdes, responsável pelo Cars.
No vídeo que se encontra nesta página pode ver um pequeno vídeo ilustrativo do que o Shelley é capaz de fazer.