A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos EUA (NASA) tem um plano de contingência para fazer regressar os dois astronautas da nave espacial Boeing Starliner que estão retidos na Estação Espacial Internacional (ISS) desde 5 de junho.
Se entretanto a Boeing não conseguir fazer regressar os astronautas a bordo da Starliner, em segurança, o regresso acontecerá em fevereiro do próximo ano numa missão de transporte que ficará a cargo da SpaceX (rival da Boeing no setor aeroespacial).
Segundo a publicação The Verge, o regresso dos astronautas Barry Wilmore e Sunita Williams a bordo da Starliner ainda é a solução preferida dos responsáveis da NASA, mas o recurso à SpaceX é agora oficialmente apresentado como um ‘plano B’. Caso os astronautas acabem por regressar a bordo da aeronave da SpaceX, a Boeing depois terá de reconfigurar a Starliner para que possa voltar à Terra, mas sem pessoas a bordo.
Ainda segundo a agência Reuters, numa reunião que decorreu nesta semana com os responsáveis da NASA para esta missão, não houve um consenso entre os participantes de que o regresso a bordo da Boeing Starliner seja seguro. “Ouvimos muitas pessoas que tinham preocupações e a decisão não foi clara”, sublinhou Ken Bowersox, líder de operações espaciais da NASA.
A Boeing Starliner está acoplada à Estação Espacial Internacional desde 5 de junho, depois de uma missão de lançamento aparentemente bem sucedida. O plano original era os astronautas ficarem apenas oito dias no Espaço – prazo que já foi largamente ultrapassado. Segundo as informações que têm sido partilhadas, a Starliner terá ficado com problemas no sistema de propulsores, além de terem sido registadas fugas de hélio.
No início deste mês, a própria Boeing registou, nos seus relatórios de contas, um prejuízo de 125 milhões de dólares (cerca de 115 milhões de euros ao câmbio atual) diretamente relacionado com os resultados aquém do esperados da missão Starliner.