É das mais ambiciosas missões científicas do momento. O telescópio Euclid, lançado pela Agência Espacial Europeia (ESA) em julho, está no espaço para fotografar estrelas e galáxias, numa área que corresponde a um terço do céu. Mas mais do que a beleza destas estruturas cósmicas, o telescópio espacial, posicionado no ponto L2, deverá revelar a distribuição da matéria escura, que constitui 27 por cento do Universo, e ainda apresentar pistas sobre a energia escura, o elemento que preenche 68 por cento do universo.
Num evento transmitido nos canais da ESA (web TV e Youtube), a Agência divulgará as primeiras imagens a cores, apenas um vislumbre de tudo o que será produzido pelo telescópio de rastreio, com um vasto campo de visão e um longo tempo de exposição em cada ponto, ao longo dos seis anos de atividade.
Portugal integra o consórcio Euclid, através dos investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), sendo a partir de Lisboa que se define o calendário do telescópio – o que observar e quando.
“Estas primeiras imagens foram produzidas com observações na fase de verificação do desempenho dos instrumentos e de calibração das várias componentes”, explica o comunicado do IA. “Esta fase vai continuar durante cerca de dois meses, após os quais o Euclid poderá iniciar o rastreio sistemático do Universo.” Para 2025 estão previstos os primeiros catálogos resultantes do rastreio, bem como os primeiros mapas de matéria escura.