O sistema de navegação por satélite europeu Galileo está com problemas de funcionamento desde a passada sexta-feira. A informação já foi confirmada pelo centro europeu da Agência dos Sistemas Mundiais de Navegação por Satélite (GSA), que diz ainda que estão a ser feitos esforços para que o restauro do sistema aconteça o quanto antes.
Segundo a nota da GSA, os problemas estão a afetar o sistema de localização e de precisão de tempo do Galileo, também conhecido como o “GPS” europeu. A funcionar está a vertente de busca e salvamento desta infraestrutura, conhecida como SAR.
De acordo com centro europeu, a falha deve-se a um incidente técnico relacionado com a infraestrutura terrestre de gestão do conjunto de satélites que constituem o sistema de navegação Galileo.
Operacional desde dezembro de 2016, o Galileo está ainda na chamada “fase piloto”, o que significa que combina as suas próprias informações com as de outros sistemas de navegação por satélite – como o americano GPS e o russo GLONASS. Isto significa que quem tiver um smartphone ou sistema de navegação para veículos que é compatível com as várias tecnologias, vai continuar a ter localizações precisas, mas aqueles que suportarem apenas o Galileo não vão funcionar.
«Um conselho de revisão de anomalias foi imediatamente constituído para analisar a causa exata [das falhas] e para implementar ações de recuperação», lê-se na informação da GSA. Ainda de acordo com a organização, assim que os serviços forem recuperadores os utilizadores vão ser informados.
Segundo a informação disponível no site oficial do Galileo, existem mais de 100 milhões de smartphones em uso e que suportam o sistema de navegação. Também já existem milhares de veículos que suportam o sistema, pois desde abril de 2018 que todos os veículos vendidos na Europa suportam o Galileo, como parte do sistema de resposta de emergência eCall.
Atualmente constituído por 26 satélites, só em 2020 é que o Galileo vai ficar totalmente operacional. Nessa altura, o sistema de navegação deverá garantir uma precisão de 20 centímetros, o que deverá colocá-lo como o sistema de navegação por satélite mais preciso do mundo.