
O novo coronavirus antecipou o futuro. E se antes as Tecnologias de Informação (TI) já ocupavam um lugar estratégico nas organizações, hoje, mais que nunca, empresas especializadas em planeamento, integração e implementação de sistemas informáticos com soluções de TI construídas à medida como a Eurotux, tornaram-se imprescindíveis.
Nascido em 2000 como iniciativa de professores da Universidade do Minho, o grupo Eurotux – constituído pela ITMZ e a Dipcode (web development personalizado) –, junta a excelência técnica e científica a uma gestão prudente, que sempre lhe permitiu um crescimento sustentado, tendo-lhe sido atribuído o galardão “PME Excelência” seis anos e o “PME Líder” nove anos consecutivos. Conversámos com António Coutinho, CEO da Eurotux, que nos contou como esta empresa que presta serviços de suporte tecnológico se pode tornar um aliado de peso do tecido empresarial português nesta época de transformação.
A Eurotux celebra este ano 20 anos de existência, com o país – e o mundo – a atravessar uma crise sem precedentes. Como está a vossa empresa a encarar este desafio?
A Eurotux é uma empresa de serviços muito focada em garantir o funcionamento permanente, 24 horas por dia, das estruturas informáticas dos seus clientes, libertando-os para que estes se concentrem no core dos seus negócios. E o primeiro impacte que sentimos quando começou esta situação de pandemia, foi um aumento na procura dos nossos serviços. O que faz sentido, se pensarmos que grande parte das empresas foram obrigadas a adoptar o teletrabalho, a digitalizar-se e a garantir que, neste processo, nada falha.
Há já algum tempo que a economia se encontra num movimento de transição digital, em que as empresas sabem que, quer em termos de funcionamento interno, quer no relacionamento com o ecossistema de mercado – consumidores, etc –, têm de digitalizar a sua atividade. As empresas que estão mais avançadas nesse processo mostraram estar em vantagem numa situação inesperada como esta da pandemia de Covid-19. Porque puderam, com maior celeridade, colocar as suas equipas a trabalhar remotamente, assim como acompanhar os seus clientes através de meios informáticos.

No fundo, a Eurotux existe para ajudar as empresas a fazer essa transição?
Sim, e de uma perspetiva horizontal. Ou seja, não estamos aqui para vender um produto, um hardware, um software, ou um serviço de telecomunicações. Nós centramo-nos no serviço. Nós aconselhamos e ajudarmos o cliente a adquirir aquilo que melhor serve as características do seu negócio. Ou, muitas vezes, ajudamo-lo a usar o material que já tem, mas configurando-o de forma a obter maior eficiência.
Como acha que está o mercado português nessa matéria? Está avançado nesta transição tecnológica? Ou ainda tem muito para fazer?
Temos uma base de clientes muito diversificada. Desde os que já estão muito digitalizados aos que, sobretudo na área da indústria, que estão no meio de um processo em andamento e que é naturalmente demorado.
Nesta fase da pandemia, têm-nos surgido muitos pedidos imediatos para criarmos as condições para que os colaboradores das empresas consigam aceder à rede para trabalharem remotamente. Mas se isso não for bem feito, as empresas ficam à mercê das falhas de segurança que dão origem a pirataria e outros riscos. Outra coisa que notámos foi que, muitas empresas que precisavam de fazer investimentos para reforçar a segurança do seu equipamento tecnológico, acabaram por acelerar as decisões nesse sentido. Para não se sentirem dependentes de um equipamento ou de uma solução que pode falhar a qualquer momento e que, durante uma pandemia, pode complicar ainda mais as coisas.

Falou-se muito nas notícias, durante o confinamento, do aumento da incidência de ataques informáticos, nomeadamente a grandes empresas. Sente que a segurança foi uma das grandes preocupações dos seus clientes?
O trabalho remoto cria oportunidades novas para os hackers, é um facto. Temos tido exemplos de tentativas de ataques aos nossos clientes, é um perigo real. Para que um sistema interno possa ser exposto ao exterior com segurança, é preciso ter algumas preparações técnicas. Por isso é que o nosso grupo tem muita experiência com as principais clouds públicas (AWS, Azure e GCP), com serviços exigentes em termos de segurança, fiabilidade e escalabilidade, com algumas referências muito relevantes na área do comércio eletrónico e retalho, em ambientes físicos, virtualizados, de cloud ou híbridos.
Enquanto parceiro ideal na prestação de servições tecnológicos, que conselho daria a alguém que, ao ler este artigo, pense ”é mesmo disto que eu preciso”?
O conselho principal que dou é, se alguém quer garantir que a sua infraestrutura e serviços informáticos não falham, isso implica uma visão unificada e integrada do funcionamento desses serviços. Muitas vezes, o grande problema é que o mercado tradicional está orientado para ser movido pelos fornecedores de soluções. Por exemplo, o fornecedor de hardware, o fabricante de computadores, se quisermos simplificar. O fornecedor de software, da contabilidade, por exemplo. O fornecedor de telecomunicações. Todos eles oferecem um produto one-time, funcionando em separado. Claro que todos eles fornecem um serviço de acompanhamento pós-venda, mas trata-se de um serviço parcial, muito ao estilo daquilo que eu chamo “vende e foge”. Ou seja, vende o equipamento e depois reza para que o telefone da linha de suporte não toque. Quando toca, o fornecedor de software, se for contactado pelo cliente por este estar a funcionar de forma lenta, há-de dizer que a culpa é do hardware, que a máquina é que está lenta. O fabricante de computadores alegará que o problema está na velocidade da internet. E é para evitar este “jogo do empurra” de responsabilidades que a Eurotux existe. Nós somos o suporte. Gostávamos que as empresas tivessem a maturidade de entenderem que precisam de um suporte que funcione de forma integrada e profissional. Essa é também a explicação para o facto de todos os nossos clientes serem já clientes antigos na empresa, que nos acompanham desde a origem da empresa. Somos um parceiro numa relação de longo prazo.

Se tivesse de definir a Eurotux em cinco palavras, quais seriam?
1 – Segurança – de aplicações e serviços, de forma a reduzir a vulnerabilidade a falhas motivadas por ataques ou utilização indevida dos sistemas. 2 – Fiabilidade – assim como a disponibilidade e operacionalidade dos sistemas envolvidos nas soluções. 3 – Transparência – fornecemos ao cliente o máximo de informação relativa à implementação dos sistemas, contrariando assim a criação de barreiras que impeçam a tomada de decisões técnicas informadas. 4 – Conhecimento – não nos coibimos de o transferir para os nossos clientes, cientes de que a sua vantagem será sempre a capacidade de se manter na fronteira da evolução tecnológica. 5 – Inovação – A empresa segue ainda uma abordagem pró-ativa de prospeção e inovação tecnológica, tendo em vista o desenvolvimento e implementação de soluções inovadoras, capazes de acrescentar valor ao mercado.