A informação está a ser avançada pelo jornal britânico Financial Times, que cita uma fonte da comissão de trabalhadores da Volkswagen. Segundo as informações dessa mesma fonte, o plano de cortes de custos falhou em muitos milhões de euros e, portanto, o CEO da marca, Thomas Schäfer, “admitiu” esta segunda-feira que a empresa terá de empreender uma “significativa reestruturação”.
“O conselho executivo questiona as fábricas alemãs, os acordos coletivos de trabalho da VW e o programa de segurança no emprego em execução até ao final de 2029”, disse Cavallo, dos representantes dos trabalhadores.
Em resposta, o CEO do grupo, Oliver Blume, afirmou que “a indústria automóvel europeia está numa situação muito exigente e séria. O ambiente económico tornou-se ainda mais difícil, e há novos concorrentes a entrar no mercado europeu. Além disso, a Alemanha, em particular, como local de fabrico, está a ficar ainda mais para trás no que concerte à competitividade”.
Citado pelo Financial Times, Blume referiu ainda que “nesse ambiente, nós, como empresa, temos de agir de forma decisiva.”
O anúncio é feito numa altura em que as empresas automóveis estão sob pressão com a queda na procura do mercado chinês, que é acompanhada de uma retração interna, também. No mesmo sentido, a China continua a competir não apenas no mercado doméstico mas globalmente.
Recorde-se que em março deste ano a Volkswagen anunciou que planeava aumentar as suas vendas no mercado chinês até 2030, o que lhe permitia fazer crescer os seus resultados líquidos com um portefólio específico para aquele mercado – a ideia era focar-se em avanços tecnológicos e no mercado dos carros híbridos e 100% elétricos.
Na altura, a VW definiu como meta atingir os 4 milhões de vendas anuais em 2030, o que faria dela a maior fabricante automóvel no mercado chinês – o crescimento do resultado operacional estava estimado em mais de 3 mil milhões de dólares.