Desde que contactou Portugal pela primeira vez, em 2013, sucederam-se os investimentos no imobiliário de luxo, com a compra e transformação de edifícios abandonados ou em ruínas em apartamentos de topo, sobretudo no centro de Lisboa. Sob a marca Reformosa, a empresária Ming-Chu Hsu, nascida em Taiwan mas com carreira repartida pela Ásia e pelos EUA, fez de Portugal uma segunda ou terceira casa. E, com isso, veio a filantropia, que a tornou mais conhecida – fez doações à Nova SBE e ofereceu ventiladores no início da pandemia – mas nem por isso menos reservada.
Mais recentemente, a entrada de uma das suas empresas no capital do Taguspark voltou a sublinhar a aposta no País, em particular na educação e ciência. E é daí que partimos, na edição de maio da EXAME, para revisitar o percurso de uma das empresárias mais discretas no País, que ao mesmo tempo que tem cerca de uma dezena de novos projetos em andamento, envolvendo milhões de euros de investimento, espalhados entre a Grande Lisboa e os Açores, continua a apostar em causas.
Ainda nesta edição, uma entrevista de fundo a Marco Galinha, o fundador do grupo Bel que começou a carreira no software, mas se destaca hoje na distribuição – e, mais recentemente, no mundo dos media. Ao longo de 10 páginas, o empresário analisa o País e fala do seu estilo de gestão e dos seus investimentos, em particular sobre a exigente transformação em curso na Global Media, onde entrou como acionista em setembro.
Finda a época de resultados nas bolsas fomos perceber os caminhos de crescimento para as cotadas portuguesas não-financeiras, que tiveram os lucros mais baixos de uma década, sem deixar de olhar também para o comportamento dos bancos. Analisamos ainda a teoria que está a agitar a economia e a ganhar adeptos à esquerda nos EUA, mas também a fazer soar alertas – a Modern Monetary Theory (MMT), que potencialmente eliminaria os limites financeiros de um Estado com moeda própria.
Uma década depois do anúncio do pedido de resgate à Troika fomos ver onde para o ajustamento feito na economia portuguesa e que legado ficou desses anos. Estivemos ainda em reportagem na oficina de Guifões da CP, onde a ferrovia dá sinais de renascimento e alimenta esperanças de a construção de comboios voltar a ser feita dentro de portas.
Neste número tentamos descortinar o futuro que espera atuais e futuros unicórnios nacionais, depois de a Feedzai se ter tornado na mais recente empresa de origem portuguesa a valer mais de 1.000 milhões de dólares. E abordamos, na Girl Talk deste mês, o movimento de parcerias, fusões e aquisições que deverá transformar o panorama empresarial nos próximos três anos. Uma rubrica em que participaram Filipa Barreto, Associate Partner da KPMG Portugal, e Susana Serrano, CEO da Adalberto.
Fique ainda a conhecer os vencedores da primeira edição do Prémio Inovação em Prevenção, escolhidos entre 100 empresas candidatas, uma iniciativa Ageas Seguros/ EXAME, que contou com a participação do ministro da Economia. A não perder, também, as opiniões de Carlos Tavares, chairman do Banco Montepio; Alberto Ramos, CEO do Bankinter Portugal, e Soumodip Sarkar, professor catedrático da Universidade de Évora.
Boas leituras!