Com o fim dos Jogos Olímpicos de 2024, a depressão deu lugar à euforia lusa, algo que não é incomum na nossa cultura, que navega num estado de espírito de sermos ou os piores ou os melhores do mundo, às vezes com dez minutos de intervalo.
Encerrada a prova, podemos fazer um balanço genericamente positivo. A organização francesa ficará para a história e na memória de todos, se não necessariamente pelo rigor (houve várias coisas a correr mal) pelo menos pela originalidade. A França quis fazer dos Jogos uma afirmação da sua cultura e do seu posicionamento no mundo. Abrindo o evento à cidade e ao país, criou imagens icónicas e passou todas as mensagens certas. Numa ocasião de grande responsabilidade, a França passou no teste e ganhou com um grande mérito: arriscou fazer diferente.