“Civil war is inevitable” [A guerra civil é inevitável]. Entre outubro de 2023 e o passado dia 4 de agosto, o excêntrico Elon Musk sugeriu diretamente, pelo menos em cinco ocasiões, a possibilidade de haver (ou ser necessário) uma guerra civil na Europa. Fê-lo a partir da sua “casa”, a rede social que batizou de X (antigo Twitter), adquirida por este multimilionário sul-africano, em outubro de 2022, por uma quantia a rondar os 44 mil milhões de euros. Musk é seguido por mais de 193 milhões de pessoas – o equivalente a quase 20 vezes a população de Portugal. E será lido por mais…
A última declaração de guerra surgiu na sequência dos motins no Reino Unido, que surgiram depois de um homem de 17 anos ter invadido um centro comunitário, em Southport, localidade no noroeste de Inglaterra, e atacado com uma faca oito crianças, matando três meninas (uma das quais com nacionalidade portuguesa). Grupos de extrema-direita – que as autoridades associam à Liga de Defesa Inglesa de Tommy Robinson (nome de guerra adotado pelo inglês Stephen Christopher Yaxley-Lennon) – viram nesta tragédia uma oportunidade para espalharem o seu discurso anti-imigração e anti-islão, não tardando a saírem às ruas, fazendo de alvo as comunidades imigrantes naquele país.