Dizemos amiúde – porque é verdade – que as novas gerações são “as mais bem preparadas de sempre”. Em Portugal, os números são claros: nunca tivemos tantas pessoas com habilitações superiores – mais de 40% da população -, a grande generalidade das crianças e jovens estão inscritas na escola e os níveis de analfabetismo caíram significativamente desde 1974. Há, no entanto, sinais de alerta: dados revelados pelo Governo recentemente, e citados pelo jornal Público, dão conta de que a retenção (os chumbos) e o abandono escolar aumentaram em todos os níveis de ensino no ano letivo de 2022 e 2023. E é no ensino secundário que estão os piores indicadores: 9,8% de desistências. Os especialistas apontam que isto são ainda consequências do agravamento das desigualdades que se sentirem após a pandemia, e naturalmente, refletem a entrada de muitas crianças imigrantes no sistema de ensino público. O facto de não terem no português a sua língua materna é um fato imediato de risco e exclusão. Por tudo isto, os responsáveis das escolas pedem medidas urgentes e musculadas para tentar mitigar as dificuldades que demasiados alunos sentem e que, muitas vezes, os leva a abadonar o percurso educativo.
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