Todos sabemos que é nos pequenos pormenores que, tantas vezes, se começam a construir as grandes diferenças. E os primeiros dias do novo Governo liderado por Luís Montenegro têm sido férteis, embora de forma subliminar, para vincar a sua diferença com o antecessor, mas também com o PS agora liderado por Pedro Nuno Santos.
A prova mais evidente foi dada ontem com a troca imediata do logotipo que representa a imagem da República Portuguesa. Em vez da solução criada pelo estúdio de Eduardo Aires – um dos mais consagrados designers mundiais – o novo Conselho de Ministros reuniu-se, pela primeira vez, sob a “proteção” do logotipo que esteve em uso até há cerca de um ano. E o Governo, pela voz de António Leitão Amaro, novo ministro da Presidência, fez até questão de sublinhar que o regresso da imagem com “a esfera armilar, o escudo, as quinas e os castelos, em que a identidade, a cultura e o povo português se reveem” foi a primeira medida tomada na reunião coletiva inaugural dos 17 ministros. E anunciou-o com solenidade, como se se tratasse da reversão de uma medida importante do anterior Governo que tivesse prejudicado a vida de milhões de pessoas.
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