Quanto vale um debate? Em que medida pode influenciar os eleitores? Conseguem-se transferências de votos com uma boa – ou por causa de uma má – prestação? Como evoluímos desde “o pai de todos os debates” em termos globais, aquele primeiro confronto televisivo que, em 1960, opôs Richard Nixon a John F. Kennedy, ou desde “o pai (português) de todos os debates” aqui da Pátria, o que, em 1975, opôs Álvaro Cunhal a Mário Soares? É mais ou menos consensual que esses duelos, tanto pela novidade como pela argumentação persuasiva ou pela forte personalidade e telegenia dos envolvidos (Kennedy e Soares, respetivamente) produziram vencedores, alteraram ideias feitas, convenceram massas de eleitores, numa palavra, mudaram a História. Poderá isso comparar-se a um morno confronto entre Paulo Raimundo (CDU) e Inês de Sousa Real (PAN) onde até as touradas, que predominam em autarquias comunistas, estiveram cautelosamente ausentes? Ou será que os confrontos com a participação de André Ventura estão mais próximos do estilo Trump, nos seus duelos com Joe Biden, de onde se extrai a cacofonia e a acusação tão fácil como falsa? (Não há registos de mortes provocadas pelo PCP, durante o PREC).
Ontem, assistimos a um dos debates mais aguardados desta… “temporada”.
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