Se há coisa garantida sobre qualquer guerra, além da brutalidade, é a sua imprevisibilidade. Sabe-se sempre quando e como começou, conhecem-se os motivos alardeados pelas partes, é possível ter uma ideia do poderio militar de cada uma, tomam-se partidos, fazem-se balanços, mas como vai acabar é que ninguém pode prever. Acabar ou sequer prever o dia seguinte. Segundo a Casa Branca, está mais perto que nunca um acordo para a libertação dos reféns – “bastantes mais do que 12”, segundo o conselheiro adjunto para a segurança nacional dos EUA, Jon Finer, que acredita ainda que nesse entendimento está incluída uma trégua para permitir a entrada de ajuda humanitária através da passagem de Rafah, na fronteira entre o Egito e Gaza.
Também o Qatar, que está a mediar as negociações, anunciou ontem que apenas “detalhes muito pequenos” estão a travar o acordo, corroborando a convicção do embaixador israelita nos EUA, Michael Herzog, de que a libertação dos reféns acontecerá “nos próximos dias” e que está dependente apenas de questões práticas e logísticas “menores”.